É comum encontrarmos atualmente certa barreira no que diz respeito à questão do "PECADO". Muitas pessoas, e até as mídias existentes, tem banalizado o que, de fato, é o pecado e as sua conseqüências. Aparentemente, diz que pecado é uma mera imposição moral da Igreja, que tem por objetivo privar as pessoas “do que a vida oferece de melhor”. Diante disso, pensamos ser necessária uma melhor exposição do tema, para que se dissemine a verdade e a autêntica felicidade ao contrário das hipocrisias e mediocridades que nos têm sido apresentadas.
O que vem a ser o pecado?
"O pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta; é uma falta ao amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana. Foi definido como ‘ma palavra, um ato ou um desejo contrários à lei eterna” (CIC §1849).
De acordo com o Catecismo da Igreja Católica (CIC), nenhum mal é mais grave que o pecado e nada tem conseqüências piores para o pecador, para a Igreja e para o mundo inteiro (cf.CIC §1488 ). A doutrina da Igreja nos ensina que o pecado, segundo a sua gravidade, apresenta-se como veniais ou mortais (graves). Estes se distinguem da seguinte maneira:
Pecados veniais: são os pecados, ditos leves. São absolvidos através do nosso arrependimento, no ato penitencial da Santa Missa.
Pecados mortais (graves): pecados considerados graves. São absolvidos somente na confissão individual com um Sacerdote. Para ser pecado mortal é preciso ter três características - pleno conhecimento, pleno consentimento e de matéria grave. É matéria grave tudo o que for contra os dez mandamentos da lei de Deus.
"O pecado grave priva-nos da comunhão com Deus e, consequentemente, nos toma incapazes da vida eterna; esta privação se chama 'pena eterna' do pecado. Por outro lado, todo pecado, mesmo venial, acarreta um apego prejudicial às criaturas, o que exige purificação, quer aqui na terra, quer depois da morte, no estado chamado 'purgatório'. Esta purificação liberta da chamada 'pena temporal' do pecado"(CIC §1472).
É importante salientar que, todo pecado, seja ele venial ou mortal, tem como fim a morte: "Porque o salário do pecado é a morte" (Rom 6,23). Tendo em vista que todos buscam a felicidade, buscam o bem, o pecado, sendo como for, nos priva desta realidade, porque Deus é o Sumo Bem, enquanto o pecado é uma oposição direta a Deus e à Sua vontade. Logo, não será possível ser feliz sem Deus. Todo pecado é um não a Deus. Podemos exemplificá-lo como um arqueiro que, ao lançar uma flecha não alcança o seu objetivo, ou seja, erra o alvo. Todo aquele que, conscientemente opta pelo pecado, opta também, pelo fracasso.
“O pecado é, portanto, ‘amor de si mesmo até o desprezo de Deus’. Por essa exaltação orgulhosa de si, o pecado é diretamente contrário à obediência de Jesus, que realiza a salvação” (CIC §1850).
“Portanto, o pecado não é uma imposição moral da Igreja, mas é uma realidade que a muitos tem destruído. Seja você mesmo sendo imagem e semelhança de Deus. Rompa com o pecado, pois "Se reconhecemos os nossos pecados, Deus aí está fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniqüidade” (I Jo 1,9).
Fonte: Catecismo da Igreja Católica e Bíblia Sagrada
Onésimo Francisco Neto


Nenhum comentário:
Postar um comentário