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quarta-feira, 30 de maio de 2012

A santidade não é um luxo, é uma necessidade


Os santos que a liturgia celebra não são só aqueles canonizados pela Igreja e que se mencionam em nossos calendários. São todos os salvos que formam a Jerusalém celeste. Falando dos santos, São Bernardo dizia: «Não sejamos preguiçosos em imitar a quem estamos felizes de celebrar». É, portanto, a ocasião ideal para refletir no «chamado universal de todos os cristãos à santidade». 

A primeira coisa que se deve fazer, quando se fala de santidade, é libertar esta palavra do medo que inspira, devido a certas representações equivocadas que nos fizeram dela. A santidade pode comportar fenômenos extraordinários, mas não se identifica com eles. Se todos estão chamados à santidade é porque, entendida adequadamente, está ao alcance de todos, faz parte da normalidade da vida cristã. 

Deus é o «único santo» e «a fonte de toda santidade». Quando se aproxima para ver como o homem entra na esfera da santidade de Deus e o que significa ser santo, aparece imediatamente a preponderância, no Antigo Testamento, da idéia ritualista. Os meios da santidade de Deus são objetos, lugares, ritos prescrições. Escutam-se, é verdade, especialmente nos profetas e nos salmos, vozes diferentes, morais, mas são vozes que permanecem isoladas. Ainda em tempos de Jesus prevalecia entre os fariseus a idéia de que a santidade e a justiça consistem na pureza ritual e na observância escrupulosa da Lei. 

Ao passar ao Novo Testamento, assistimos a mudanças profundas. A santidade não reside nas mãos, mas no coração; não se decide fora, mas dentro do homem, e se resume na caridade. Os mediadores da santidade de Deus não são lugares (o templo de Jerusalém ou o monte das Bem-aventuranças), ritos, objetos e leis, mas uma pessoa, Jesus Cristo. Em Jesus Cristo está a santidade de Deus que nos chega em pessoa, não é uma distante reverberação suja. Ele é «o Santo de Deus» (João 6, 69). 

De duas maneiras entramos em contato com a santidade de Cristo e esta se comunica a nós: por apropriação e por imitação. A santidade é antes de tudo dom, graça. Já que pertencemos a Cristo mais que a nós mesmos, havendo sido «comprados a grande preço», disso segue-se que, inversamente, a santidade de Cristo nos pertence mais que nossa própria santidade. Estas são as asas da santidade. 

Paulo nos ensina como se dá este «golpe de audácia» quando declara solenemente que não quer ser encontrado com uma justiça suja, ou santidade derivada da observância da lei, mas unicamente com aquela que deriva da fé em Cristo (Fil 3, 5-10). Cristo, diz, se tornou para nós «justiça, santificação e redenção» (1 Cor 1, 30). «Para nós»: portanto, podemos reclamar sua santidade como nossa para todos os efeitos. 

Junto a este meio fundamental da fé e dos sacramentos, deve encontrar lugar também a imitação, isto é, o esforço pessoal e as boas obras. Não como meio desgarrado e diferente, mas como o único meio adequado para manifestar a fé, traduzindo-a em ato. Quando Paulo escreve: «Esta é a vontade de Deus: vossa santificação», está claro que entende precisamente esta santidade como fruto do compromisso pessoal. Acrescenta, de fato, como para explicar em que consiste a santificação da qual está falando: «que vos afasteis da fornicação, que cada um saiba possuir seu corpo com santidade e honra» (1 Ts 4, 3-9). 

«Não há senão uma tristeza: a de não ser santos», dizia Leon Bloy, e tinha razão a Madre Teresa quando, a um jornalista que lhe perguntou à queima-roupa o que ela sentia ao ser aclamada santa por todo mundo, disse: «A santidade não é um luxo, é uma necessidade». 



Comentário Pelo Pe. Raniero Cantalamessa


Fonte: http://www.comshalom.org/formacao/exibir.php?form_id=554

terça-feira, 29 de maio de 2012

A Igreja não precisa mais de expectadores, mas sim, de evangelizadores!


O calendário litúrgico da Igreja Católica, no 50º dia após a Ressurreição de Cristo, celebra o Pentecostes, a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos e a Virgem Maria. Ali foi celebrado, pela primeira vez, o sacramento da Crisma.

O livro dos Atos dos Apóstolos narra que, a partir daquele momento, os discípulos de Jesus foram nutridos de coragem e força para evangelizar.

E a cada ano, relembramos que também nós, cristãos crismados, somos discípulos missionários, seguidores do Rei e continuadores de Sua missão.

O Pentecostes, renovação do batismo e reafirmação dos dons recebidos naquele sacramento, nos faz amadurecer na fé. A partir do momento em que se realiza o Pentecostes em nossa vida, deixamos de ser meros expectadores que apenas recebem os ensinamentos, e passamos a ser evangelizadores, praticando aquilo que foi aprendido, vivenciado, e partilhando com o próximo os dons que o Espírito Santo manifesta em nós.

Portanto, essa solenidade não é apenas uma lembrança do que aconteceu no passado, mas uma convocação a todos a saírem de seus lugares e irem pelo mundo, anunciando o Evangelho. O próprio Jesus nos disse que a quem muito foi confiado muito será cobrado, ou seja, todas as graças e dons recebidos devem ser partilhados para que possamos conquistar, ao final, o prêmio da Vida Eterna em Cristo.

E para isso, não é preciso ter curso superior ou ser bom em oratória, pois o Paráclito coloca nos lábios dos seus eleitos as palavras que devem ser proferidas, palavras de conversão, cura e libertação.

Portanto, não tenhamos mais medo de proclamar a Boa Nova de Jesus, pois o Espírito Santo já veio nos dar muita coragem e força para seguir.

Comece em sua casa, em seu grupo de amigos, na catequese, em sua comunidade; não importa onde, apenas deixe o Senhor falar através de você, pois os operários são poucos e a messe é grande. Seja mais um operário de Deus!

Que o Senhor nos abençoe!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Sexto mandamento: Não pecar contra a castidade



 Bem-aventurados os puros de coração porque verão a Deus”           (Mateus 5, 8).

 A castidade é a pureza do amor, é o amor que cuida de si mesmo e não permite que nada o manche. O ser humano conhece as próprias fragilidades e sabe muito bem que a fraqueza da carne é uma das mais expostas a perigos e que seu clamor é dos mais fortes dentro e fora do si. Por isso, a castidade é a virtude que cuida para que o amor, em todas as suas dimensões, se mantenha isento de falhas. Dessa forma, as pessoas podem amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmas, isto é, com o melhor amor de que dispõem.

É fundamental que se compreenda que no sexto mandamento o que está em jogo propriamente é o amor, a pureza do amor, não simplesmente questões sexuais. “Castidade” tem sua origem na palavra “castigar”, que significa corrigir, purificar: seja lá o que for que amamos – os nossos semelhantes, os animais, as coisas inanimadas –, nosso amor deve se casto (“castigado”), isto é, ordenado, limpo e puro, do contrário não amaremos a Deus acima de todas as coisas nem amaremos ao próximo como o amou Jesus, modelo de todo amor.

Precisamente porque a nossa carne é fraca, ela necessita de um apoio especial que nos ajude a caminhar pelo caminho reto: esse apoio é o sexto mandamento.O Antigo Testamento resumia tudo nas palavras: “Não cometerás adultério” (Êxodo 20,14). Jesus, porém, aprofundou seu sentido e o ampliou: “Ouvistes que foi dito: ‘Não cometerás adultério’. Eu, porém, vos digo: todo aquele que olhar para uma mulher com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela em seu coração” (Mateus 5,27-28). Como se vê, pode-se pecar também por maus pensamentos e más intenções.

 Todo ser humano é chamado à castidade: é por ela que se constrói e mantém a unidade entre seu ser corporal e espiritual. A sexualidade mostra que o ser humano pertence também ao mundo corporal e biológico. Todavia, a castidade se torna realmente humana quando é integrada serenamente na pessoa, na relação entre pessoas, na doação mútua e definitiva entre um homem e uma mulher. Portanto, a castidade exige a integridade da pessoa e a total capacidade de doação mútua.

Sem dúvida, é um desafio aprender a integrar a sexualidade no conjunto da pessoa humana. O ser humano por inteiro, corpo e alma, é marcado pela sexualidade. Ela afeta de modo especial a afetividade, a capacidade de amar, de procriar, mas também tem a capacidade de criar vínculos e comunhão com os outros. Ocorre uma grave fonte de distúrbios quando alguém não consegue integrar a sexualidade no contexto de toda a pessoa ou a considera somente enquanto genitalidade. Cabe a cada ser humano reconhecer e aceitar a própria identidade sexual e buscar integrá-la serenamente no seu todo.

 A sexualidade, sem eliminar a igualdade fundamental entre o homem e a mulher, marca de tal modo as pessoas que ela as torna muito diferentes em muitos aspectos, desde a dimensão física até à dimensão espiritual. Essas diferenças são energias voltadas para a comunhão matrimonial (complementação mútua entre homem e mulher) e familiar (geração e educação dos filhos). Disse o Criador: “Por isso deixará o homem o pai e a mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne” (Gênesis 2,24).


 A castidade promove a integridade da pessoa defendendo as forças vitais e de amor da pessoa. Uma pessoa casta se sente unificada, não dispersada em diversas direções em busca de compensações menos adequadas que, aos poucos, pervertem o pensamento, o amor e a ação. Para que a castidade unifique e tonifique o ser humano, são necessárias diversas atitudes:

•      A aprendizagem do domínio de si, que é a pedagogia para a formação da liberdade humana. Ou a pessoa comanda suas paixões, ou acaba tornando-se sua escrava: a diferença é que, no primeiro caso, ela tem paz; no segundo, infelicidade e remorso. Deixar-se guiar por impulsos torna o ser humano semelhante aos irracionais. A razão e, no caso do cristão, a fé é que devem tomar a dianteira e organizar as energias humanas dentro do coração.

•      O uso dos meios adequados é indispensável para conservar a castidade. Não se pode ser passivo e esperar que as coisas aconteçam. O conhecimento de si, a prática da ascese (renúncia a tudo o que possa excitar paixões menos convenientes), a obediência aos mandamentos, a prática das virtudes, a Palavra de Deus, a oração, os sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia, a orientação espiritual..., tudo isto ajuda a pessoa a se manter equilibrada.

•      A prática da temperança, virtude que “tempera”, modera, equilibra os apetites da sensibilidade humana, submetendo-os à razão e à fé, é fundamental para se tornar casto.

 Há ainda outros meios para a castidade promover a integração da pessoa, especialmente os seguintes:

•      O domínio de si é um trabalho a longo prazo, até o fim da vida. Ele nunca pode ser dado como adquirido plenamente. Haverá períodos em que se torna menos necessário, nunca, porém, pode ser descuidado. A castidade tem leis de crescimento, às vezes marcadas por imperfeições e até por faltas graves: assim mesmo, é preciso retomar o trabalho para obter o domínio sobre si próprio.

•      Embora cada um deva cuidar da própria castidade, há também uma preocupação por criar uma cultura de castidade. Quem não percebe, hoje, quanto a nossa cultura está impregnada de sensualidade, sexualidade, pornografia? Os meios de comunicação social, os formadores de opinião pública, os educadores, todos têm grande responsabilidade nisto e precisam promover maior respeito pelas pessoas, pelo próprio corpo e pelo corpo dos outros. Há muito interesse em cuidar do corpo por vaidade; muito pouco respeito pelo corpo enquanto templo do Espírito Santo.

•      A castidade é também um dom de Deus, é graça divina, é fruto de um trabalho espiritual. É o Espírito Santo que nos concede imitar a pureza de Cristo. Não nos esqueçamos disto, nós que fomos batizados em Cristo: “Os que pertencem a Jesus Cristo crucificaram a carne com suas paixões e desejos. Se vivemos pelo Espírito, procedamos também de acordo com o Espírito” (Gálatas 24-25).

 A caridadeé a rainha de todas as virtudes. É ela que faz da castidade uma escola de doação da pessoa porque a torna senhora de si e capaz de generosidade sem limites. É por isso que a castidade floresce facilmente na amizade. Em primeiro lugar, na amizade para com Aquele que nos amou por primeiro e que enviou até nós seu Filho. Depois, na amizade para com este Filho que nos fez seus próprios amigos: “Eu vos chamo amigos” (João 115,15), se entregou por nós e nos tornou participantes de sua condição divina. Por isso, a castidade é promessa de imortalidade. A castidade faz florescer também a amizade com o próximo que representa um grande bem para todos e conduz à comunhão espiritual.

 Há diversas formas de viver a castidade. Todos os cristãos são chamados a viver a castidade. Há pessoas que, às vezes, vivem na ilusão de que para os casados esse mandamento não existe. É um grande engano. Como lembramos acima, a castidade é a pureza do amor, seja de um solteiro ou de um casado, porque ela é muito mais do que simples genitalidade. Uma pessoa pode ser virgem, outra celibatária, outra casada, outra viúva: todas devem procurar viver castamente.

Ouve-se facilmente a afirmação de que namorados e noivos é conveniente que se relacionem sexualmente, como se fossem casados, com a finalidade de se conhecerem melhor, de mostrar carinho e amor. É um engano. A união sexual não foi prevista pelo Criador como forma de fazer experiências ou de divertimento: seria instrumentalizar as pessoas. A pessoa cuja experiência não fosse aprovada, não haveria de sentir-se rejeitada e intensamente ofendida? O amor, quando é verdadeiro, é absoluto, não condicionado.

terça-feira, 22 de maio de 2012

O amor cobre uma multidão de pecados!


Nesse mês mariano somos levados a seguir os passos de nossa Mãe querida, um exemplo de cristã que amou até o fim, tanto o seu filho quanto aqueles que o condenaram.

São sábias as palavras de São Pedro, quando orienta-nos: “sobretudo, cultivai o amor mútuo, com todo o ardor, porque o amor cobre uma multidão de pecados” (I Pd 4,8).

O amor é capaz de curar as feridas, as doenças. Através do amor, vem a humildade de saber pedir perdão e perdoar.

O dom de amar é o mais importante de todos, pois, somente com ele, somos capazes de cumprir os mandamentos da Lei de Deus.

Ele nos aproxima mais de Deus. Podemos senti-Lo e escutá-Lo com maior facilidade. Conseguimos sentir o Seu amor mais intensamente dentro de nós.

Quem ama não se revolta contra o outro; quem ama sabe compreender o erro alheio, pois tem a capacidade de entender que todos somos passíveis de erro. Quem ama sabe dar uma nova chance.

Por isso é que o amor cobre uma multidão de pecados. Nenhum pecado pode superar a força do amor. O amor gera o arrependimento e a vontade de reparar o erro cometido.

Quem nutre em si o amor verdadeiro é capaz de enxergar o outro com o olhos de Deus.

Peçamos o auxílio da Virgem Maria e do Espírito Santo para que inflame em nosso coração o dom do amor.

Que o Senhor nos abençoe!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A Virgem Maria sentiu dor durante o nascimento do Senhor, sendo ela imaculada?



Vamos conhecer mais sobre a Virgem Imaculada Conceição




Link para download: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=_9JpUbXjXCw

quarta-feira, 16 de maio de 2012

A orientação sexual na adolescência



Ensinemos aos jovens o autocontrole de suas paixões
A orientação sexual na adolescência ganha cada vez mais importância. Mais do que transmitir que sexo por sexo é fuga e sexo com consciência é amor, discutir as formas de relacionamento entre adolescentes é também uma das grandes preocupações da sociedade. Causa estranheza observar o descaso e o desrespeito com que o assunto ainda é tratado. Nem é preciso ser um especialista para perceber a discrepância das atitudes.
A sociedade vem se preocupando em proporcionar segurança e liberdade sexual para os adolescentes, mas não consegue orientar adequadamente os representantes do futuro da nação sobre o assunto. Isso sem contar a forma com que o tema é tratado na mídia, principalmente em novelas, filmes nacionais e em programas de auditório. Sem contar que, associada à distribuição gratuita dos preservativos e da abortiva “pílula do dia seguinte”, a liberdade de atos sexuais entre adolescentes torna-se cada vez mais normal, como um incentivo à promiscuidade.
O ser humano não deve ser considerado apenas como um corpo. Sua alma necessita de afago. A simples promoção de sexo acintoso, sem responsabilidade e sem compromisso, também incita consequências trágicas como milhões de meninas gerando filhos, sendo violentadas, prostituindo-se à beira das estradas, crianças abandonadas por pais e mães despreparados para formar uma família e postadas em faróis à procura do sustento de cada dia. É claro, quem planta vento colhe tempestades.
A moral e a ética exigem que ensinemos aos jovens o autocontrole de suas paixões intensas. Que devem vencer a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis com atos responsáveis e não pelo uso da camisinha. João Paulo II assim se expressou sobre a camisinha: “Além de o uso de preservativos não ser 100% seguro, liberar o seu uso convida a um comportamento sexual incompatível com a dignidade humana […]. O uso da chamada camisinha acaba estimulando, queiramos ou não, uma prática desenfreada do sexo […]. O preservativo oferece uma falsa ideia de segurança e não preserva o fundamental”.
Devemos incentivar a formação de famílias com conceitos, raízes e sentimentos puros e morais. Conservadora ou não, a família é o sustento do espírito e a fonte de conforto nos anseios individuais.
A sociedade, de maneira geral, deve ter mais cuidado com o que simplesmente “controla a transmissão de doenças e evita filhos indesejados”. Ela deve transmitir princípios e valores por intermédio da orientação, em busca do resgate das origens e do respeito à moral e à ética.
A satisfação do sexo não está restrita ao corpo, ela deve estar atrelada ao coração, espírito e mente.
Prof Felipe Aquino

terça-feira, 15 de maio de 2012

Ele dorme durante tempestades


Queridos amigos, hoje transcrevo uma linda história e lição de vida de Mitch Albom,narrada no filme Tenha Um Pouco de Fé, baseado em fatos reais. Deixo também a dica para quem gosta de filmes. Vale a pena assisti-lo!

“Um homem procura trabalho numa fazenda. Entrega sua carta de recomendação ao novo patrão. Ela diz simplesmente: ‘Este homem dorme durante tempestades.’
O dono está precisando desesperadamente de ajudantes, por isso contrata o sujeito.
Passam-se várias semanas e, de repente, no meio da noite, uma tempestade violenta cai sobre o vale.
Acordado pelos redemoinhos de chuva e pelo vento uivante, o dono salta da cama. Chama seu novo empregado, mas o sujeito está dormindo a sono solto.
Então o dono se precipita para o celeiro. Para sua perplexidade, constata que os animais estão seguros e com comida suficiente.
Corre para o campo. Vê que os fardos de feno foram arrumados e estão enrolados em lonas.
Corre até o silo. As portas estão trancadas e o grão está seco.
E então entende. ‘Ele dorme durante tempestades.’
Amigos, se cuidarmos das coisas importantes da vida, se formos corretos com aqueles que amamos e nos comportamos bem com nossas famílias, nossa vida não será amaldiçoada com a dor lancinante das questões não resolvidas. Nossas palavras sempre serão sinceras, nossos abraços serão apertados. Nunca chafurdaremos na agonia do ‘Se eu tivesse agido assim...’. Poderemos dormir durante a tempestade.”

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Best-seller “A Cabana” ficção ou heresia? Confira série de erros teológicos do livro



Muito tem se falado sobre o best-seller intitulado “A Cabana” (“The Shack”, original em inglês), escrito pelo canadense William P. Young. Bem resumidamente, trata-se de uma obra de ficção que conta a história de Mack, um homem abalado pela perda de sua filha brutalmente assassinada por um predador sexual em uma cabana, e que anos depois, recebe um bilhete assinado por Deus, convidando-o para retornar ao local do crime. Lá ele encontra-se com as três pessoas da Santíssima Trindade, e com elas trava diversos diálogos sobre a vida, morte, o sentido do sofrimento, o perdão.

A reação mais comum dos leitores, pertencentes à diversas religiões, tem sido de “profunda transformação”, ou um “entendimento mais profundo sobre a natureza divina”. Não são poucos os católicos que o leram e disseram achar linda a história, sendo esta uma “bela versão sobre a relação entre Deus e o homem”, ou ainda digam que, acredite-se, não acharam nenhuma contradição entre o conteúdo livro e a fé católica.
Há que se perguntar: o que se passa na cabeça de um católico de hoje, para perder seu tempo lendo um livro de “ficção religiosa” escrito por um ex-protestante que diz hoje já não seguir mais nenhuma igreja, nem mesmo protestante, e ainda um livro cuja contracapa já deixa claro de início o caráter irreverente com que vai tratar do assunto? Só pelo fato de ser um dos livros de ficção mais vendidos da atualidade, já não era para se desconfiar, ou ao menos buscar informações antes de, na melhor das hipóteses, sendo alguém com alguma formação doutrinária, perder um tempo precioso, ou na pior das hipóteses, se expor a um monte de imagens falsas que a literatura nos passa, e que invariavelmente se solidificam em nossas ideias? A impressão que se tem é que, já que o Index dos livros proibidos foi abolido, agora qualquer tolice deve ser não somente lida, como recomendada aos amigos.
REPRESENTANDO DEUS
A literatura, da mesma forma que as artes plásticas, tem o poder de transmitir e inculcar imagens e ideias, cujo poder de fixação e doutrinação não pode ser menosprezado. Não é à toa que as gravuras, pinturas e vitrais das catedrais medievais sempre foram uma forma de catequese primária, que para as crianças ou mesmo para as pessoas menos instruídas, serviam como forma de solidificar os conceitos da fé.
Deixando de lado os horrores da arte moderna, as representações da Santíssima Trindade sempre destacaram a infinita glória e majestade de Deus, a quem devemos um culto único e absoluto. Deus é “Aquele que É” (Êxodo), a Suprema Majestade, o Deus dos Exércitos, Criador do Universo, e comparada a Ele, toda a criação resume-se a nada. É o princípio e o fim de todas as coisas. É nosso Salvador, e também nosso Juiz.
Em diversas passagens da Bíblia, vê-se que Abraão, Moisés, e todos que tiveram alguma visão de um simples anjo de Deus, sempre caíram por terra e reconheceram sua insignifcância perante o Criador ou seus mensageiros. Moisés, quando viu Deus na sarça ardente, escondeu o rosto e não ousava olhá-Lo diretamente. Jó trava diálogos com Deus e a Ele dirige diversas perguntas, inquirindo sobre a causa de seus sofrimentos, mas não recebe as respostas do jeito como queria. Ao contrário, Deus devolve diversas questões a Jó, evidenciando Sua majestade e onipotência, e como dito, Jó reconhece sua pequenez e cala-se.
Mas na cabana, não é este o caso.
No livro, Deus Pai é apresentado como uma “enorme senhora negra chamada Elouisa, mas que pede para ser chamada simplesmente de ‘Papai’”. Jesus é como um carpinteiro judeu, vestido em trajes de jardineiro, e o Espírito Santo é uma “mulher oriental, de corpo espiritual, chamada Sarayu”.
Vejamos alguns trechos para demonstrar o caráter debochado desta representação:
Quando Deus Pai (Papa) encontra Mack pela primeira vez, ela o abraça e diz:
- Mack, olha só para você! – ela praticamente explodiu. – Aí está, e tão crescido! Eu estava ansiosa para vê-lo cara a cara. É tão maravilhoso tê-lo aqui conosco! Minha nossa, como eu amo você! – E, ao dizer isso, o abraçou de novo.
Mack, ao indagar o homem vestido de jardineiro e calças jeans se ele é Jesus, recebe a seguinte resposta:
- Jesus? Sou. E pode me chamar assim, se quiser. Afinal de contas, esse se tornou o meu nome comum. Minha mãe me chamava de Yeshua, mas também posso ser conhecido como Joshua ou até mesmo Jessé.Logo adiante, ao questionar Jesus se “devo acreditar que Deus é uma negra gorda com um senso de humor questionável?”, Mack recebe a seguinte resposta: “Ela é uma piada! Adora surpresas e tem uma noção de tempo sempre perfeita”.
Ao perguntar à ‘Papai’ sobre que música estaria escutando, este responde:
- Um barato da Costa Oeste. É um disco que ainda nem foi lançado, chamado “Viagens do Coração”, tocado por uma banda chamada Diatribe. Na verdade – ela piscou para Mack -, esses garotos ainda nem nasceram. (…) É mais tipo funk e blues eurasiano, com uma mensagem fantástica (…)
Mas que tolice, para dizer o mínimo, se não fosse pela falta de respeito! Não há porque se delongar aqui, porque os exemplos dos tópicos seguintes ilustrarão ainda mais a irreverência do autor. Deus é tratado como ‘um cara legal’, um ‘colega e amigo’, um ‘brother’. Talvez na ânsia de fugir da ideia, também errada, de um Deus vingativo, punitivo e cruel, que alguns pensadores sempre quiseram atribuir à Deus como apresentado no Velho Testamento, o autor no apresenta um deus que é nosso parceiro de sinuca!
Se tivermos o dever de respeitar o santo nome de Deus, como pensar que isso não se aplica a qualquer tipo de representação Sua, seja por imagens, ou por descrições literárias?

A IGREJA, O MUNDO E A SALVAÇÃO.
O autor foi criado por pais protestantes missionários, e hoje diz já não pertencer a nenhuma igreja. É o tão conhecido “Cristão sem Igreja” que se encontra facilmente hoje em dia. Não é de se estranhar então que sua aversão por uma religião organizada será endossada por sua versão de Deus.
Mais adiante, segue-se um diálogo onde Papai ataca a noção de hierarquia:
- Os humanos estão tão perdidos e estragados que para vocês é quase incompreensível que as pessoas possam trabalhar ou viver juntas sem que alguém esteja no comando (…)- Esse é um dos motivos pelos quais é tão difícil para vocês experimentar o verdadeiro relacionamento – acrescentou Jesus. –Assim que montam uma hierarquia, vocês precisam de regras para protegê-la e administrá-la, e então precisam de leis e da aplicação das leis, e acabam criando algum tipo de cadeia de comando que destrói o relacionamento, em vez de promovê-lo. Raramente vocês vivem o relacionamento fora do poder. A hierarquia impõe leis e regras e vocês acabam perdendo a maravilha do relacionamento que nós pretendemos para vocês.
Pois vejam: o autor nos apresenta um deus que é contra qualquer tipo de hierarquia, regras ou leis. Um deus anarquista! A verdadeira forma de viver que Deus nos proporia seria uma sociedade sem hierarquia e regras opressivas, cuja plenitude se daria através dos relacionamentos, tanto interpessoais, como com Deus. Até no trabalho não deveria haver hierarquias, pois isso destrói a ‘maravilha do relacionamento que nós pretendemos para vocês’. Em matéria de trabalho, seria este um deus comunista!
E é mais que evidente que desta forma, Deus seria contra qualquer tipo de igreja organizada ou sacramental. Ou será que estou lendo com um olho muito crítico e extrapolando as palavras do autor? Pois vejamos: mais à frente, Mack trava um diálogo com Jesus, onde este lhe conta sobre “a mulher por quem ele (Jesus) é apaixonado”, ou seja, a Igreja:
- É uma imagem da minha noiva, a Igreja: indivíduos que juntos formam umacidade espiritual com um rio vivo fluindo no meio e nas duas margens árvores crescendo com frutos que curam as feridas e os sofrimentos das nações. Este cidade está sempre aberta e cada portão que dá acesso a ela é feito de uma única pérola… (…)
Mack diz ter quase certeza de que não conhece essa ‘mulher’, e certamente não é o lugar onde ele vai aos domingos, ao que Jesus responde:
- Mack, isso é porque você só está vendo a instituição, que é um sistema feito pelo ser humano. Não foi isso que eu vim construir. O que vejo são as pessoas e suas vidas, uma comunidade de vive e respira, feita de todos que me amam, e não de prédios, regras e programas.
Mais adiante, ainda Jesus falando:
- O casamento não é uma instituição. É um relacionamento. – Jesus fez uma pausa e retomou com voz firme e paciente: – Como eu disse, não crio instituições. Essa é uma ocupação dos que querem brincar de Deus. Portanto, não, não gosto muito de religiões e também não gosto de política e economia. – A expressão de Jesus ficou notavelmente sombria. – E por que deveria gostar? É a trindade de terrores criada pelo ser humano que assola a Terra e engana aqueles de quem eu gosto. Quantos tormentos e ansiedades relacionados a uma dessas três coisas as pessoas enfrentam!(…)- Falando de modo simples, religião, política e economia são ferramentas terríveis que muitos usam para sustentar suas ilusões de segurança e controle. As pessoas têm medo da incerteza, do futuro. Essas instituições, essas estruturas e ideologias são um esforço inútil de criar algum sentimento de certeza e segurança onde nada disso existe. É tudo falso! Os sistemas não podem oferecer segurança, só eu posso.
Aí vemos que o deus do autor, como conseqüência natural de seu anarquismo, possui uma tendência hippie de ser contra religião, política e economia. É um deus-humano, alienado e que não quer saber de ler jornal, mas só de cuidar do jardim, cozinhar e ouvir um funk.
Há de se perguntar: será que ao menos esta caricatura de Cristo espera que sejamos cristãos, ou ainda que haja algum modo preferível de ser cristão? Pois quem esperava que ao menos o autor defendesse um cristianismo genérico e ecumênico, também se deu mal: este Jesus-hippie defende a salvação universal, dizendo ainda que nem é preciso de cristão.
Ao ser perguntado por Mack sobre o que significa ser cristão, Jesus sai com essa:
- Quem disse alguma coisa sobre ser cristão? Eu não sou cristão. (…)- Os que me amam estão em todos os sistemas que existem. São budistas ou mórmons, batistas ou muçulmanos, democratas, republicanos e muitos que não votam nem fazem parte de qualquer instituição religiosa. Tenho seguidores que foram assassinos e muitos que eram hipócritas. Há banqueiros, jogadores, americanos e iraquianos, judeus e palestinos. Não tenho desejo de torná-los cristãos, mas quero me juntar a eles em seu processo para se transformarem em filhos e filhas do Papai, em irmãos e irmãs, em meus amados.
Ainda adiante:
- A religião usa a lei para ganhar força e controlar as pessoas de que precisa para sobreviver. Eu, ao contrário, dou a capacidade de reagir e sua reação é estar livre para amar e servir em todas as situações.É fácil perceber que o autor simplesmente transpõe as suas próprias desilusões com as igrejas protestantes ao seu deus fictício.
A ABOLIÇÃO DA LEI
A patacoada do autor não seria completa se ele não repetisse o erro de Lutero, ao afirmar que a Lei teria sido abolida. Já vimos alguns parágrafos atrás que Jesus não gostaria muito de “regras e programas”.
Antes vejamos como esse assunto é tradado pelo próprio Cristo na Sagrada Escritura:
Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é que me ama. E aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e manifestar-me-ei a ele. (São João 14,21)
E ainda, no Sermão da Montanha: ”Não julgueis que Eu vim abolir a Lei” (Mateus, 5, 17)
Na cabana, encaminhando-se para o final do livro (finalmente!), segue-se o seguinte diálogo:
(Disse Sarayu, o Espírito Santo)- Deixe-me responder com uma pergunta. Por que você acha que nós criamos os Dez Mandamentos?(Reponde Mack:)- Acho, pelo menos foi o que me ensinaram que é um conjunto de regras que vocês esperavam que os humanos obedecessem para viver com retidão e em estado de graça perante vocês.- Se isso fosse verdade, e não é – respondeu Sarayu -, quantos você acha que viveram com retidão suficiente para entrar em nossas boas graças?- Não muitos, se as pessoas são como eu.- Na verdade, só um conseguiu: Jesus. Ele obedeceu a letra da lei e realizou completamente o espírito dela. Mas entenda, Mackenzie: para fazer isso, ele teve de confiar totalmente em mim e depender totalmente de mim.- Então por que vocês nos deram esses mandamentos?
- Na verdade, queríamos que vocês desistissem de tentar serem justos sozinhos. Era um espelho para revelar como o rosto fica imundo quando se vive com independência.- Mas tenho certeza de que vocês sabem que há muitos que acham que se tornam justos seguindo as regras.- Mas é possível limpar o rosto com o mesmo espelho que mostra como você está sujo? Não há misericórdia nem graça nas regras, nem mesmo para um erro. Por isso Jesus realizou todas elas por vocês, para que elas não tivessem mais poder sobre vocês.(…) Mas tenha em mente que, se você viver sua vida sozinho e de forma independente, a promessa é vazia. Jesus afastou a exigência da Lei. Ela não tem mais poder de acusar ou comandar. Jesus é a promessa e o cumprimento.-Está dizendo que não preciso seguir as regras?
- Sim. Em Jesus você não está sob nenhuma lei. Todas as coisas são legítimas.

O autor não pode ser mais claro: Deus teria nos dado os mandamentos, não para serem seguidos, mas somente para nos ridicularizar, e estes podem ser solenemente ignorados pelo simples fato de que não conseguiríamos segui-los à risca. É justamente o que afirma o heresiarca Lutero, quando diz: “Todos os mandamentos devem ser abolidos. São mandamentos de Satanás”, ou ainda “Peque muitas vezes, mas tenha fé”.
É a doutrina torta que afirma que, sendo infinitos os méritos de Cristo, Ele já teria pagado todos os nossos pecados na cruz, aplicando-se inclusive para os que não O aceitam, e por isso podemos continuar pecando sem preocupações. Ficou tudo “na conta do Abreu”. Se ele não pagar, nem eu! É a salvação universal “pro omnia” que defendem os modernistas e os sincretistas adeptos da Nova Era, e não “pro multis” como ensina a Igreja. Na verdade, Nosso Senhor morreu para que todos tenham vida, mas seus méritos são aproveitados somente àqueles que se convertem.

TUDO É PERMITIDO! Eis as palavras que a civilização moderna tanto quer ouvir, mesmo que seja em historietas pseudo-cristãs. Chega de Mandamentos! Não temos pecados! Deus não liga para nossas ações ou pensamentos! Sejamos senhores do bem e do mal, implantemos a civilização do hedonismo e tenhamos confiança em Deus, ou melhor, no mais simpático e permissivo trio Papai-Jesus-Sarayu.
A EUCARISTIA
Tendo já negado a divindade da Igreja, a própria necessidade de ser cristão ou de seguir qualquer mandamento, qual alfinetadinha faltava para o autor desferir e fechar em grande estilo? O Santíssimo Sacramento da Igreja Católica.
Se durante todo o encontro na cabana, ‘Papai’ passa a maior tempo preparando guloseimas para todos ali desfrutarem, na despedida, conta-nos o autor:
- Sem qualquer ritual nem cerimônia, eles saborearam o pão quente, compartilharam o vinho e riram lembrando os momentos mais estranhos do fim de semana.
Pois por que mencionar ‘sem qualquer ritual nem cerimônia’? Pois se falamos de pão e vinho, vá lá, poderia se alegar que estou vendo pêlo em ovo. Mas juntando na mesma frase pão, vinho, cerimônia e ritual, é claro que está se falando pouco veladamente sobre a Santa Missa e a Eucaristia, que o autor quer simbolicamente transformar numa refeição informal onde se fala com a boca cheia!
O IMPACTO NOS LEITORES
Suponhamos que alguém me diga que o livro trata-se de uma obra de ficção, o que realmente é, e duvide que a ficção possa influenciar as pessoas, bastando-se para isso ter uma leitura crítica, como o fiz. Mas quem disse que as pessoas, costumeiramente, mergulhem na ficção e não sejam influenciadas? Quem não tem um parente que, torcendo diariamente pelo adultério na novela das oito, acabe sendo a isto indiferente na realidade? Conte-se nos dedos quem tem uma pulga atrás na orelha com estas bobagens, e separa a ficção da realidade!
A própria reação das pessoas ao ler livro O Código da Vinci, que após lerem esta ficção alegam terem “seus olhos abertos pelas barbaridades cometidas pelas Igreja Católica”, nos mostra que, inexplicavelmente, as pessoas tomam a ficção pela verdade com a maior naturalidade, nos confirmando a advertência bíblica:
Prega a palavra, insiste oportuna e importunamente, repreende, ameaça, exorta com toda paciência e empenho de instruir. Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si.Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas. (II Timóteo, 4, 2-4)
Vejamos alguns pequenos depoimentos pinçados em sites de relacionamento na Internet. Todos eles foram recolhidos em 02/12/2009, às 19h30 (hora de Brasília). Os nomes foram alterados propositalmente para preservar a identidade.
Orkut, comunidade “A Cabana – livro – li e amei”

Tópicos diversos: O q mudou na sua vida despois de ler A CABANA?

Mic??? - Em minha vida mudou radicalmente o modo como eu entendia o amor de Deus. hoje vejo seu amor de forma maior, porem, mais simples do que nunca.

Cle???
Encontrei respostas
Saí de uma teologia para entrar numa visão mais profunda de Deus entendendo que ele me ama de uma forma especial, que não preciso de cerimônias para estar com ele e que intimidade começa quando Jesus e o Espírito Santo dominam minha vida, assim tenho encontros profundos com Deus. Com isso posso amar de forma mais profunda!!
Isso é fantástico!
Me libertei da Teologia!!!

Kil???
estou acabando de ler
meditei muito e DEUS falou muito ao meu coração através desde livro
este livro é maginifico
é uma revelação de Desus p nossas vidas
minha vida mudou depois dele pode conhecer mais a Desus e deve certeza q posso ter intimidade com PAPAI.

Fel???
Me aprofundei no conhecimento e na intimidade com Deus, assim como me libertei de resquícios de pré-conceitos que que insistem em permacer dentro de nós por mais que tentemos negá-los.
Paz e bem!!!

Lív?? – Sou Catolica Praticante!!!
Li o livro e ele me ajudou mt na relação q tinh com Deus…
Mas num fez me afastar da minha religião…
O fato de Deus gostar ou naum de relião naum sei a respeito.
porém,frequento a igreja e tudo q com ela aprendi,isso não me fez dsrepeitar a Deus,deixar de ama-lo e amar ao próximo.
Mas a cada dia aprendo mais!!!

Gab???? - O livro me ensinou o Perdão. Passei por coisas desagradáveis.. e PERDOEI! Perdoei, sabendo que no fundo de tudo isso, existia amor.

Al???? – eu to terminado, mais me emocienei muito e vi o quanto Deus nos ama , como nós somos, ele é amor e não regras que a igreja ou qualquer tipo de lei tenta nos manipular, Deus não é condenação e sim o amor incondicional ! ele é a vida e o ar que precisamos , a força , ou seja ele é nosso TUDO o nosso GRANDE EU SOU .

Is??? – o que mudou foi a forma q eu via Deus!

Tathi???? - O livro é simplesmente Deus se expressando! Pude entender mais ainda o verdadeiro amor de Deus,

Jea??? - Sou católica apostólica Romana praticante e lendo livro eu vi ali muita coisa que filosofava com meus botões. Deus Amor, do perdão. Quando chegarmos diante Dele (o que acredito) Ele não vai julga-la; nó~s mesmos faremos um exame de consciência e veremos se somos merecedores do Reino de Deus.

Eu sou católico e muito pelo contrário não abalou minha fé!!
Pq o meu relacionamento com Deus depende tbm dos sacramentos da Igreja que são dentre eles : Eucaristia, Batismo, Confissão etc.
É uma forma de me relacionar com Deus!

Vic????
muita coisa , o livro lhe deixa mais intimido de Deus ;)

♫ Lu????
com certeza a imagem de Deus e de todas as coisas da vida,realmente mudou,agora entendo o q sao relacionamentos de amor,e q este nada força,aprendi a viver melhor a vida em busca de ajudar os outros e ter Deus em minha vida de uma forma muito melhor do q eu poderia imaginar.
 
É inacreditável a facilidade com que as pessoas tomam a ficção pela realidade. Neste caso específico, joga-se fora a noção que temos de um Deus revelado, e as pessoas simplesmente escolhem, assim como o autor, um deus mais palatável. E ainda existem pais que acreditam que, bastando dar algum tipo de advertência aos filhos, estes podem ler qualquer tipo de literatura.
Claro que o autor não é um tolo: ele sabe que a ficção tem este impacto nas pessoas, e não à toa, descreve na ficção exatamente a ideia de Deus que ele declara ter nas entrevistas.
CONCLUSÃO
O autor tem seus méritos em escrever um livro de tão grande aceitação, e eu não tenho gabarito para julgá-lo do ponto de vista literário. Então demos como certo apenas o que é evidente: trata-se de um fenômeno de vendas, e deve ter sido escrito de uma forma cativante para conseguir tamanha quantidade de indicações boca a boca.
Mas como um simples católico que conhece um pouco de doutrina, não posso deixar de notar que o livro apresenta uma teologia torta, não-cristã, irreverente, e blasfema. O autor pretende criar um Jó moderno, que ao contrário do Jó bíblico, não reconhece sua pequenez diante de Deus, e não demonstra nenhuma reverência ou temor, já que este é um Deus self-servicecom qualidades escolhidas livremente pelo autor. Nega a divindade da Igreja, nega as necessidades da salvação e de ser cristão, de se seguir os mandamentos, ridiculariza a imagem de Deus e trata-O com irreverência.
Desta forma, recomendar tal livro para leitura, ainda que reconhecendo ao menos algumas das incompatibilidades entre o Deus e a Doutrina verdadeiros, com os fantoches correspondentes do livro, é passar um atestado público indiferença à fé católica, e compactuar com a extrema irreverência com que Deus é tratado.
Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá. (Gálatas 6,7)
“Sacratíssimo Coração de Jesus, tende piedade de nós.”