Número de visualizações

quarta-feira, 18 de abril de 2012

A igreja é santa e santificadora! Apesar dos pecados de seus filhos!



Ouvimos dizer muitas vezes que a Igreja é “santa”, porém, para dizer a verdade, o que eu vejo é que muitos [cristãos] são pecadores (e, entre estes, há sacerdotes, religiosos e leigos). Inclusive, como se diz às vezes, alguns dos que vão à Missa são piores do que muitos que não vão. Como entender isto? Não é hipocrisia afirmar que a Igreja é “santa”?
Quantos cristãos se escandalizam da Igreja! Apontam, talvez com maior ou menor exatidão, os pecados de muitos fiéis, sacerdotes, consagrados e, inclusive, bispos; pecados e escândalos que fariam ruborecer de vergonha a qualquer homem de bem. E isto os “escandaliza”, isto é, lhes torna pedra de tropeço em sua fé na Igreja, em sua confiança e em seu amor por ela.
Tais pessoas têm razão? Não! Enxergam bem, mas raciocinam mal, inferindo erroneamente.
A Igreja é Santa! É Santa e santificadora! Apesar dos pecados de seus filhos!
Mas como entender o paradoxo desta santidade?
 1. A IGREJA É SANTA
A Igreja é santa! As palavras de São Paulo não nos permitem duvidar: “Cristo amou a Igreja e Se entregou por ela, para santificá-la, purificando-a pela água do batismo, em virtude da palavra, para apresentá-la a Si mesmo toda gloriosa, sem mancha, nem ruga, nem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e imaculada”(Efésios 5,25-27). Se dissermos que a palavra de Jesus Cristo é eficaz e efetiva em tudo o que diz (e, por isso, se Ele diz: “Isto é o meu Corpo”, esse pão já não é pão, mas o seu Corpo), quanto mais efetivos não serão os seus atos e o seu sacrifício! Ele se entregou por ela (=a Igreja) para santificá-la! Portanto, ela é santa porque o sacrifício de Cristo é eficaz.
“A Igreja é, aos olhos da fé, indefectivelmente santa. Com efeito, Cristo, Filho de Deus, a quem com o Pai e o Espírito Santo é proclamado o único Santo, amou à Igreja como sua esposa, entregando-se a Si mesmo por ela para santificá-la (cf. Ef. 5,25-26), a uniu a Si como seu próprio Corpo e a enriqueceu com o dom do Espírito Santo para a glória de Deus”.

A Igreja é duplamente santa:
a) É santa, em primeiro lugar, porque ela é o próprio Deus santificando os homens em Cristo por seu Espírito Santo. Dizia Pio XII: “Esta piedosa mãe brilha sem mancha alguma em seus sacramentos, com que alimenta seus filhos; na fé, que sempre conserva incontaminada; nas santíssimas leis, com que obriga a todos; nos conselhos evangélicos com que adverte; e, finalmente, nos dons celestiais e carismas, com os quais, inesgotável em sua fecundidade, dá à luz a incontáveis exércitos de mártires, virgens e confessores”.
Esta é a santidade “objetiva” da Igreja. Ela é um canal inesgotável de santidade porque nela Deus coloca à disposição dos homens os grandes meios de santidade:
  • Seus tesouros espirituais – os Sacramentos – entre os quais o principal é o próprio Cristo sacramentado, fonte de toda santidade.
  • Sua doutrina santa e imaculada, que finca suas raízes no Evangelho.
  • Suas leis e conselhos, que são prescrições e convites à santidade.
  • O Sangue de Cristo tornado bebida cotidiana do cristão.
  • A misericórdia do perdão oferecido sacramentalmente aos pecadores.
b) Em segundo lugar, a Igreja é santa porque ela é a humanidade em vias de santificação por Deus. Este é o aspecto complementar do item anterior, ou seja, a santidade “subjetiva” da Igreja.
Os canais de santidade são derramados sobre os filhos da Igreja e, se não sobre todos, pelo menos sobre muitos produz verdadeiros frutos de santidade. Ela é o seio que incessantemente gera frutos de santidade.
Voltaire, apesar de seu ódio contra a Igreja, reconhecia: “Nenhum sábio teve a menor influência nos costumes na rua em que morava; porém, Jesus Cristo influi sobre todo o mundo”. Essa influência são os santos. Quanta diferença entre os frutos “naturais” do Paganismo e os do Cristianismo! Quando a Igreja gera filhos nas águas do batismo, os dá à luz com gérmens de graça e santidade, os quais, quando os homens não colocam obstáculos, crescem e dão ao mundo extraordinárias obras de caridade. Por isso, a Igreja, desde seu início na Jerusalém dos Apóstolos, começou a popular o mundo com:
  • Jovens virgens, testemunhas da pureza.
  • Mártires da fé.
  • Missionários e apóstolos
  • Ermitães e monges penitentes
  • Incansáveis operários da caridade, que consagraram suas vidas aos enfermos, aos pobres, aos famintos, aos abandonados…
  • Seus filhos inventaram os hospitais, leprosários, asilos…
Na Antiguidade se contava a história de Cornélia, a mãe dos Gracos, filha de Escipião Magno, a qual vendo uma de suas amigas fazendo ostentação de suas jóias, com um gesto apontou para os seus filhos – futuros heróis de Roma – e disse-lhe: “Estes são os meus ornamentos e as minhas jóias!”. Com quanta razão mais a Igreja pode dizer ao mundo, apontando para os santos de todos os tempos: “Estas são as minhas jóias!”
E apenas isto já fala da santidade da Igreja, pois para fazer um só santo é necessário um poder divino, já que apenas a graça do Espírito Santo pode santificar um homem. E a Igreja não deixa de ter santos nem quando os horizontes são os mais sombrios!
Três sinais, entre muitos outros – dizia Journet – tornam visível esta santidade da Igreja:
1º) Ela é uma voz que não deixa de proclamar ao mundo as grandezas de Deus. Essa constância em proclamar e cantar as maravilhas de Deus é a sua razão de ser. Encontramos a Igreja ali onde escutamos sem cessar cantar as maravilhas de Deus, defender Sua honra dos erros do mundo, dar testemunho de Sua grandeza e Sua misericórdia para com os homens.
2º) Ela é uma “sede inextinguível” de unir-se a Deus. A Igreja está onde suspiram todos os que esperam a manifestação do Rosto de Deus, os que esperam a vinda de Cristo, os que não se apegam a este mundo e suspiram por uma pátria melhor, os que se sentem como os desterrados filhos de Eva.
3º) Ela é um zelo insaciável por dar Deus aos homens. A encontramos ali onde, com infatigável ardor, existe um verdadeiro cristão que trabalha pela conversão dos pecadores, por fazer que os ignorantes conheçam a Deus, por levar o Evangelho aos que ainda não o ouviram…
Porém…
2) NEM TUDO É SANTO NA IGREJA
A Igreja é santa e santificadora, porém, muitos dos seus filhos são pecadores e a Igreja, consciente disso, não os exclui de seu seio, salvo em casos extremos. Dizia Pio XII: “Que todos aborreçam o pecado. Porém, quem pecou e não se tornou indigno, por sua contumácia, da comunhão dos fiéis, seja acolhido com amor… Pois mais vale, como adverte o Bispo de Hipona, ‘ser curado permanecendo no corpo da Igreja, do que serem cortados dela como membros incuráveis. Porque não é desesperada a cura daquilo que ainda está unido ao corpo, enquanto que, tendo sido amputado, já não pode ser curado nem sanado’.
Os pecadores são membros da Igreja, mas não o são no mesmo grau nem do mesmo modo que o justo; e assim é rigorosamente exato o que disse o Cardeal Journet: quanto mais se peca, menos se pertence à Igreja. Por isso, a maioria dos autores é categórica em afirmar que é inconcebível uma Igreja integrada exclusivamente por pecadores.
Se os pecadores são membros da Igreja, o são não em razão dos seus pecados, mas por causa dos valores espirituais que subsistem neles e em cuja virtude, todavia, permanece viva de alguma forma: valores espirituais pessoais (fé e esperança teologais informes, caracteres sacramentais, aceitação
da hierarquia etc.), aos quais é preciso acrescentar os impulsos interiores do Espírito Santo e a influência da comunidade cristã que os envolve e arrasta em seu seio, tal como uma mão paralisada, que nada pode fazer por si, ainda assim participa de todos os deslocamentos e mudanças de toda a pessoa humana.
E podemos prosseguir dizendo que, apesar dos pecadores, a Igreja é santa e imaculada? Sim! A Igreja continua sendo a Igreja dos Santos, apesar do pecado e inclusive em seus membros pecadores. Como isto pode ser possível? Porque, assim como a santidade é uma realidade da Igreja e que, como tal, não está só na Igreja, mas também procede da Igreja, o pecado não é uma realidade “da Igreja”; mesmo quando o pecado estiver na Igreja, não procede dela, precisamente por ser o ato com que alguém nega a influência da Igreja.
Mais ainda: à medida que aceita permanecer na Igreja santificadora, mesmo que seja apenas por fé e sem caridade, esta (=a Igreja) o ajuda em sua luta contra o pecado. Por isso, Journet dizia: “A Igreja carrega, dentro de seu coração, Cristo lutando contra Belial”.
Por isso, o pecado não pode impedir que a Igreja seja santa, mas pode impedir que seja tão santa quanto deveria! Dizia Santo Ambrósio: “Não nela, mas em nós é ferida a Igreja. Vigiemos, pois, para que a nossa falta não constitua uma ferida para a Igreja”.
Assim, então, concluía o Cardeal Journet: “A Igreja divide em nós o bem e o mal. Fica com o bem e deixa o mal… [A Igreja] não está livre de pecadores, mas está sem pecado. Por isso, não é pecadora nem pode pedir perdão por seus pecados. Pede, ao contrário, perdão para os pecados de seus filhos e por isso ‘a Igreja [é] santa e, por sua vez, necessitada da purificação’ em seus filhos.
Monsenhor Tihamer Toth dizia: “A Igreja somos nós: eu, tu, nós, todos… e quanto mais bela é a nossa alma, mais [bela a Igreja]“.
E Jacques Maritain pôde escreveu: “A Igreja é um mistério: tem sua cabeça oculta no céu, sua visibilidade não a manifesta mais do que de um modo sumamente inadequado; se procurais o que a representa sem traí-La, contemplai ao Papa e ao Episcopado, que nos ensinam nas coisas de fé e costumes; contemplai aos seus santos no céu e na terra; não vos fixeis em nós, pecadores. Ou melhor: vede como a Igreja cura as nossas chagas e nos conduz com dificuldades à vida eterna… A grande glória da Igreja é constituída pelo fato de ser santa com membros pecadores.
Autor: Pe. Miguel Ángel Fuentes
Fonte: http://www.teologoresponde.com.ar
Tradução: Carlos Martins Nabeto

terça-feira, 17 de abril de 2012

Aprenda a gostar do que você tem


Nós, seres humanos, fazemos planos, sonhamos com um futuro brilhante e com uma felicidade à nossa maneira.

E, por causa disso, na maioria das vezes em que esses planos não se realizam, ficamos frustrados e desgostosos com a vida,e acabamos por viver apenas de reclamações.

Em uma de minhas viagens a trabalho, li uma mensagem de um pensador, que dizia mais ou menos assim: “para sermos felizes devemos gostar do que temos, e não querer o que gostamos”.

Achei essa frase brilhante. Ela não diz que temos que nos conformar como o que está em nossas mãos e não ficar buscando a concretização dos nossos sonhos, mas sim, que devemos dar valor ao que temos e ser felizes com as nossas conquistas, pois, nem sempre, o que gostamos estará ao nosso alcance.

Por exemplo, todos sonham em passar em um concurso a nível federal, comer sem ganhar uns “quilinhos” a mais, namorar alguém perfeito. Mas tudo isso, nem sempre (ou quase nunca) estará ao nosso alcance.

Portanto, se aprendermos a valorizar o que já conquistamos, não ficaremos desapontados com o que não conseguimos, ou com o que ainda não conseguimos.

O que já conquistamos é dádiva de Deus; o que ainda não obtivemos fica a critério d'Ele nos conceder ou não.

Não podemos nos esquecer de que os planos de Deus são muito maiores que os nossos; enquanto nós enxergamos um futuro próximo, Ele vê a eternidade.

Que o Senhor nos abençoe!

domingo, 8 de abril de 2012

DOMINGO DE PÁSCOA



Feliz Páscoa  Tv Canção Nova



Link para download:http://www.youtube.com/watch?v=hgkp-mFUg6k






O Verdadeiro sentido da Páscoa. 



Link para download:http://www.youtube.com/watch?v=bqO1NPug2jA&feature=fvst







Família EJC deseja a todos uma Páscoa abençoada e com muitas graças .

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Procissão de Domingo de Ramos: peregrinação do cristão sobre a Terra


 Enfim, chegamos a Semana Santa! Em procissão, relembramos a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, no Domingo de Ramos, uma celebração maravilhosa e emocionante.

Mas, qual é o sentido dessa procissão para nós cristãos? O que a memória desse acontecimento vem nos revelar?

A procissão do Domingo de Ramos vem nos mostrar que somos peregrinos nessa terra, e que cada cristão caminha rumo à vida eterna com Cristo.

Seguimos Jesus, que vai a frente montado em um jumentinho, um animal de carga, símbolo da humildade e pequenez. Os ramos com os quais aclamamos o Senhor e que são abençoados, nos lembram que somos batizados e que estamos unidos a Cristo, através do seu corpo, que é a Igreja.

Ao caminharmos rumo à celebração da Santa Missa do Domingo de Ramos, somos levados a assumir a identidade de soldados de Cristo que, junto do Mestre, durante toda a missão terrena, lutam contra o pecado e caminham rumo ao calvário, para a morte do homem velho e o surgimento de uma vida eterna gloriosa com a Ressurreição.

Viver cada passo dessa procissão, bem como da caminhada ao longo da Semana Santa, que culmina com a grande festa litúrgica da Páscoa, dá sentido à nossa vida cristã, e nos faz enxergar o quanto cada um é fundamental para o cumprimento da missão iniciada por Cristo, e que é essencial que continuemos a caminhar com Ele, passo a passo, participando de cada celebração litúrgica, vivenciando a mística da nossa Igreja, encontrando a nossa identidade diante do Senhor que, todos os dias, se doa a nós, só por amor, na Santa Eucaristia.

Portanto, entreguemos-nos totalmente a Cristo a cada dia dessa semana, para que, por Ele, com Ele e n’Ele, alcancemos a vida eterna.

Que o Senhor nos abençoe!




domingo, 1 de abril de 2012

Domingo de Ramos


                 


Canção Nova - WebTVCN -Homilia da Solenidade de Domingo de Ramos 







Domingo de Ramos em Jerusalém - Terra Santa (Canção Nova)