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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Com qual atitude devemos olhar para o ano novo?

A chegada de um novo ano reacende esperanças, sonhos, alegrias, expectativas...
A chegada de um novo ano reacende esperanças, sonhos, alegrias, expectativas, mas, como tudo o que é novo, provoca medo e insegurança. Na mensagem para a Jornada Mundial da Paz do próximo ano, o Papa Bento XVI aconselha os cristãos a aguardarem 2012 com muita fé e confiança. Um desafio a ser encarado, principalmente pela juventude.

Na mensagem intitulada “Educar os jovens na justiça e na paz”, o Santo Padre reconhece que, em 2011, “houve um aumento no sentimento de frustração devido à crise que atingiu a economia e o trabalho”. O Pontífice destaca ainda que “uma escuridão parece ter coberto este tempo e não nos permite ver com clareza a luz do dia”. Diante de tais ameaças, é preciso mostrar ao jovem que a nossa esperança deve estar alicerçada em Deus.

Em meio a tanta falta de esperança, a força própria do jovem é que deve estar no centro das atenções. É preciso despertar nos jovens “o apreço pelo valor positivo da vida e suscitar neles o desejo de gastar-se pelo Bem”, afirma Bento XVI. E para isso é preciso escutar e valorizar a juventude. (Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz)

Acreditando no potencial da juventude, o fundador da Comunidade Canção Nova, monsenhor Jonas Abib, iniciou, na década de 60, um intenso trabalho de formação dos jovens cristãos. Neste mês de dezembro, o sacerdote completa 75 anos de idade e sua missão alcançou todo o Brasil e se expandiu por outros países.
Na 45ª mensagem da Jornada Mundial da Paz, o Papa reitera que a Igreja “olha os jovens com esperança, tem confiança neles e os encoraja a buscar a verdade, a defender o bem comum, a ter perspectivas abertas para o mundo e olhos capazes de ver 'coisas novas'”.
Apesar dos grandes sonhos e força de vontade, o jovem se vê tentado a desanimar diante dos obstáculos que encontra. Para superá-los, o Santo Padre os orienta a não se deixarem iludir com ideologias e a estarem firmes em Deus. Ele, sim, é garantia da liberdade e de tudo o que é verdadeiramente bom, verdadeiro e justo e, ao mesmo tempo, amor eterno.

“Não tenham medo de se comprometer, enfrentar o cansaço e o sacrifício, de escolher os caminhos que exigem fidelidade e constância, humildade e dedicação. Vivam com confiança a juventude e os profundos desejos de felicidade, verdade, beleza e amor verdadeiro. Vivam intensamente esta estação da vida tão rica e plena de entusiasmo”. Essas palavras do Santo Padre são as mesmas personificadas por padre Jonas, como carinhosamente o chamamos. Por meio das pregações, do abraço e do olhar, o sacerdote sempre transmite e anima a todos com seu tão conhecido: “Aguenta firme, meu filho!”

Rodrigo Luiz @rodrigosanluizMissionário da Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Maria, o melhor advento



Durante o Advento, sempre no dia 8 de dezembro, celebra-se a festa da Imaculada Conceição de Nossa Senhora.

Ninguém melhor do que Maria, a Mãe de Jesus, se preparou para acolher o Filho de Deus. Quando, na companhia de José, caminhou para Belém, ela já tinha consigo Jesus havia nove meses... Não agora, prestes a dá-Lo à luz, que ela começaria a se dispor para acolhê-Lo. Desde cedo, sua atenção à Palavra de Deus tinha preparado seu coração para se tornar a Mãe do Senhor. Desde cedo, também, Maria aprendeu a responder à Palavra de Deus por meio da oração. A oração, por sua vez, fez-lhe compreender que, sem a disponibilidade ao serviço dos irmãos, a vida tem pouco sentido.

Ora, são precisamente essas as condições para que Deus habite no coração de Maria bem antes do momento em que ela se torna a Mãe de Deus por concebê-lo em seu seio. São essas igualmente as condições para que qualquer ser humano se torne, de certa forma, como ensina o Concílio Vaticano II, “Mãe” do Senhor. Não é sem motivo que o próprio Jesus afirma a respeito de sua Mãe que ela é mais feliz por ouvir e praticar a Palavra de Deus do que por tê-Lo gerado na carne: “Quem faz a vontade do meu Pai que me enviou, este é meu irmão, irmã e mãe” (Mateus 12,49-50).

Santo Agostinho faz eco a essas palavras de Jesus, dizendo: “Maria fez totalmente a vontade do Pai e por isto mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. Assim, Maria era feliz porque, já antes de dar à luz o Messias, trazia-o na mente” (Sermão 25).

Meu amigo/a, não se admire diante dessas afirmações. Elas estão perfeitamente de acordo com os ensinamentos da Igreja. Pelo contrário, neste Advento, procure colher as lições que Maria lhe oferece. Ela é o modelo do Advento, melhor, ela é o próprio Advento, porque é nela que o Filho de Deus se tornou nosso irmão, e ninguém melhor do que ela o esperou, acolheu em seu coração e depois em seus braços.



A Igreja propõe Maria como modelo para os discípulos/as de Jesus. De fato, como foi dito acima com Santo Agostinho, que ela, antes de se tornar Mãe de Jesus, já era sua discípula porque vivia de acordo com a Palavra que seu Filho haveria de anunciar. Maria é também modelo da Igreja pelo fato de não haver ninguém mais unida a Jesus do que ela. Além disso, quem, mais do que Maria, participou da vida da Igreja nascente, Igreja que é o “corpo místico” de seu próprio Filho? E não é este o motivo pelo qual Jesus Ressuscitado a quis glorificar em corpo e alma afim de que estivesse unida a Ele para sempre?

Todas essas razões devem convencer-nos a olhar para Maria: ela é a Mulher da Palavra e do serviço, a Mulher da união com Jesus e com a Igreja. Se Jesus é o Caminho, Maria nos conduz a Ele; se Jesus é a Verdade, Maria é mestra do Evangelho; se Jesus é a Vida, Maria é a Mãe da Vida.

Tudo isso é muito bonito, mas deve ser traduzido em vida concreta por nós que nos alegramos de ser irmãos/ãs de Jesus e filhos/as de Maria. Palavra de Deus, união com Jesus e com a Igreja, serviço aos irmãos/ãs... tudo isso é coisa prática que, das páginas do Evangelho, deve passar às “páginas” da minha vida, diariamente.

O Advento é isso. Da mesma forma que o Filho de Deus habitou em Maria, que Ele venha habitar em nós porque nos esforçamos por praticar sua Palavra e imitar sua doação dos irmãos. É assim que o Filho de Deus “nasce” em nosso coração. Portanto, em primeiro lugar, a fé, resposta à Palavra de Deus, que opera por meio da caridade, do amor fraterno, da solidariedade, da união, da unidade... Isso tudo é Advento, isso tudo provoca a “vinda” (advento) do Filho de Deus ao nosso coração.

Advento: com Maria e como Maria, ao encontro de Jesus.


Fonte: http://domhilario.blogspot.com/2011/12/maria-o-melhor-advento.html?

Pare de culpar os outros pelo que acontece a você!


Quando algo de ruim acontece, ou o que planejamos não dá certo, temos a tendência de deixar o nosso orgulho falar mais alto, e culpamos outras pessoas pelo ocorrido.
É incrível como nós, por diversas vezes, não assumimos que fomos os autores do erro, ou que, simplesmente, não era para acontecer aquilo que tanto almejávamos.
Quantas vezes alguém, tentando fazer o melhor para nós, erra em algo, e nós, pela falta do espírito do agradecimento, proferimos as seguintes frases: “Se é pra fazer errado é melhor não fazer!” e “Se for pra fazer de qualquer jeito, pode deixar que eu faço”?
Quantas vezes nós quem erramos, mas não assumimos, e culpamos as pessoas que amamos, magoando-as?
Esse “excesso de culpa do outro” vai fazendo de nós pessoas rancorosas, incapazes de reconhecer nossos defeitos e as qualidades dos outros. Tornamo-nos tão exigentes, que afastamos as pessoas de nós, pois elas mesmas vão se sentindo inferiores, já que, para nós, elas “não são tão espertas e inteligentes”.
Jamais podemos nos esquecer de que nós também cometemos erros e detestamos quando alguém nos julga por causa deles.
Se formos viver de culpar os outros e apontar os defeitos alheios, ficaremos eternamente sós, pois o único amigo perfeito é Jesus.
Em diversos momentos de nossa vida seremos decepcionados e também decepcionaremos alguém, mas o importante é sabermos perdoar e pedir perdão e, como nos ensina São Paulo: “com toda humildade e mansidão, e com paciência, suportai-vos uns aos outros no amor” (Ef 4,3), e ainda: “suportai-vos uns aos outros e, se um tiver motivo de queixa contra o outro, perdoai-vos mutuamente. Como o Senhor vos perdoou, fazei assim também vós” (Cl 3,13).
Um grande passo para a perfeição é saber reconhecer os próprios erros e perdoar os erros alheios.
Que o Senhor nos abençoe!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Resumo da última reunião do ano


Nossa última reunião do ano de 2011 foi organizada e conduzida pelo Círculo Azul, que trouxe o tema: “Onde está o teu tesouro, aí está o teu coração”.
O encontro começou com um louvor, e logo depois uma reflexão sobre o nosso ano, sobre tudo o que passamos e devemos dar graças a Deus pelos acontecimentos.
Daí entramos no tema central da reunião, quando Breno leu a passagem de Mateus (6:19-34):

19. “Não ajunteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e os ladrões assaltam e roubam.     
20. Ao contrário, ajuntai para vós tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, nem os ladrões assaltam e roubam.  
21. Pois onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.
22. A lâmpada do corpo é o olho: se teu olho for simples, ficarás todo cheio de luz.
23. Mas se teu olho for ruim, ficarás todo em trevas. Se, pois, a luz em ti é trevas, quão grandes serão as trevas!        
24. Ninguém pode servir a dois senhores: ou vai odiar o primeiro e amar o outro, ou aderir ao primeiro e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro!           
25. “Por isso, eu vos digo: não vivais preocupados com o que comer ou beber, quanto à vossa vida; nem com o que vestir, quanto ao vosso corpo. Afinal, a vida não é mais que o alimento, e o corpo, mais que a roupa?     
26. Olhai os pássaros do céu: não semeiam, não colhem, nem guardam em celeiros. No entanto, o vosso Pai celeste os alimenta. Será que vós não valeis mais do que eles?    
27. Quem de vós pode, com sua preocupação, acrescentar um só dia à duração de sua vida?        
28. E por que ficar tão preocupados com a roupa? Olhai como crescem os lírios do campo. Não trabalham, nem fiam. 
29. No entanto, eu vos digo, nem Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um só dentre eles.   
30. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje está aí e amanhã é lançada ao forno, não fará ele muito mais por vós, gente fraca de fé?         
31. Portanto, não vivais preocupados, dizendo: ‘Que vamos comer? Que vamos beber? Como nos vamos vestir? ’         
32. Os pagãos é que vivem procurando todas essas coisas. Vosso Pai que está nos céus sabe que precisais de tudo isso.   
33. Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo.           
34. Portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá sua própria preocupação! A cada dia basta o seu mal.

O mundo cobra de nós sempre a perfeição, e precisamos aprender com os nossos erros, precisamos escolher o que queremos que seja o nosso tesouro, pois ali depositaremos o nosso coração.





Com isso, Guilherme nos lembrou da passagem que ficou conhecida como “A justiça do rei Salomão” (I Reis 3:16-28):

16. Vieram então duas meretrizes ao rei e apresentaram-se diante dele.         
17. Uma delas disse: “Por favor, meu rei! Eu e esta mulher morávamos na mesma casa, e eu dei à luz estando com ela na casa.
18. No terceiro dia depois de eu ter dado à luz, também ela deu à luz. Estávamos juntas, não havia outra pessoa na casa a não ser nós duas.     
19. Certa noite, morreu o filho desta mulher, pois ela dormiu sobre ele e o sufocou.  
20. Então levantou-se, durante a noite, e, enquanto tua serva dormia, tirou silenciosamente meu filho do meu lado e colocou-o em seu seio. E a seu filho, que estava morto, colocou-o em meu seio. 
21. Quando, de manhã, me levantei para amamentar meu filho, encontrei-o morto, mas examinando-o com mais atenção na claridade, percebi que não era meu filho, o que eu tinha dado à luz”. 
22. A outra mulher respondeu: “Não é assim. Meu filho é que está vivo, o teu está morto”. A primeira retrucou: “Não é verdade! O teu filho é que está morto. O meu está vivo”. E assim discutiam na presença do rei.        
23. Disse então o rei: “Esta diz: ‘Meu filho está vivo, teu filho está morto’, e aquela responde: ‘Não, teu filho está morto, o que está vivo é o meu’”.         
24. E mandou trazer uma espada. Quando lhe apresentaram a espada, o rei declarou:           
25. “Cortai o menino vivo em dois, e dai metade a uma e metade à outra”.     
26. A mulher cujo filho estava vivo sentiu nas entranhas tal compaixão por seu filho que disse ao rei: “Por favor, senhor, dai a ela o menino vivo. Não o mateis!” A outra, ao contrário, dizia: “Não será nem teu, nem meu. Podeis cortá-lo”. 
27. O rei respondeu: “Dai o menino vivo àquela primeira, e não o mateis. Essa é sua mãe”.   
28. Todo o Israel ficou sabendo da sentença que o rei tinha dado, e temeram-no, vendo que a sabedoria de Deus estava nele para fazer justiça.

Todos os dias nós rezamos e pedimos muitas coisas a Deus, mas será que estamos pedindo aquilo que realmente precisamos? Devemos pedir a Deus que nos dê a sabedoria do rei Salomão, que não fiquemos de braços cruzados para Deus, porque Ele nos espera de braços abertos. Com essa sabedoria poderemos escolher melhor o nosso tesouro, aqueles que nem a traça e nem a ferrugem podem destruir.
Com essa mesma sabedoria aprendemos a louvar pelos nossos problemas, porque aprendemos com eles. Quando reconhecemos que erramos, que fraquejamos, vemos que ainda há como nos esforçarmos para melhorar e agradar ao Senhor.


Nada acontece por acaso!
Foi assim que Jorge nos relembrou que Jesus não morreria na cruz por uma causa perdida, Ele acredita em cada um de nós, por isso as oportunidades continuam nos sendo dadas a cada dia. Por isso precisamos sim, louvar por nossos problemas, porque eles nos fazem preparados para as próximas batalhas, visto que não estamos sozinhos.


(imagem postada no facebook, por Jorge Luiz no dia 18.12.11)









Nós podemos tudo, a partir do momento que temos o nosso encontro com Jesus, porque Ele nos dá o tudo.

Por: Tay Quintana

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Como enfrentar as provações?




Sofrer, com paciência, é sabedoria, pois assim se vive com paz

As provações nos fortalecem para o combate espiritual; por isso, os Apóstolos sempre estimularam os fiéis a enfrentá-las com coragem. São Pedro diz: “Caríssimos, não vos perturbeis no fogo da provação, como se vos acontecesse alguma coisa extraordinária. Pelo contrário, alegrai-vos em ser participantes dos sofrimentos de Cristo…” (1 Pd 4,12). Ensinando-nos que essas dificuldades nos levarão à perfeição: “O Deus de toda graça, que vos chamou em Cristo à sua eterna glória, depois que tiverdes padecido um pouco, vos aperfeiçoará, vos tornará inabaláveis, vos fortificará” (1 Pd 5,10).

O mesmo Apóstolo ensina-nos que a provação nos “aperfeiçoará” e nos tornará “inabaláveis”. É importante não se deixar perturbar no fogo da provação. Não se exasperar, não perder a paz e a calma, pois é exatamente isso que o tentador deseja. Uma alma agitada fica a seu bel-prazer. Não consegue rezar, fica irritada, mal-humorada, triste, indelicada com os outros e acaba deprimida.

O antídoto contra tudo isso é a humilde aceitação da vontade de Deus no exato momento em que algo desagradável nos ocorre, dando, de imediato, glória a Deus, como São Paulo ensina:




“Em todas as circunstâncias dai graças, pois esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus” (1 Ts 5,16).

É preciso fazer esse grande e difícil exercício de dar glória a Deus na adversidade. Nesses momentos gosto de glorificar a Deus, rezar muitas vezes o “Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo…” até que minha alma se acalme e se abandone aos cuidados do Senhor.

Essa atitude muito agrada ao Senhor, pois é a expressão da fé pura de quem se abandona aos Seus cuidados. É como a fé de Maria e de Abraão que “esperaram contra toda a esperança” (cf. Hb 11,17-19), e assim, agradaram a Deus sobremaneira.

Da mesma forma, Jó agradou muito ao Todo-poderoso porque no meio de todas as provações, tendo perdido todos os seus bens e todos os seus filhos, ainda assim soube dizer com fé:

“Nu saí do ventre da minha mãe, nu voltarei. O Senhor deu, o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor!” (Jo 1,21).  Afirmam os santos que vale mais um “Bendito seja Deus!”, pronunciado com o coração, no meio do fogo da provação, do que mil atos de ação de graças quando tudo vai bem.

O Jardineiro Divino da nossa alma sabe os métodos que deve empregar para limpar cada alma. Não se assuste com as podas que Ele fizer no jardim de sua alma.

Santa Teresa diz que ouviu Jesus dizer-lhe: “Fica sabendo que as pessoas mais queridas de meu Pai são as que são mais afligidas com os maiores sofrimentos”. E por isso afirmava que não trocaria os seus sofrimentos por todos os tesouros do mundo. Tinha a certeza de que Deus a santificava pelas provações. A grande santa da Igreja chegou a dizer que “quando alguém faz algum bem a Deus, o Senhor lhe paga com alguma cruz”.

Para nós, essas palavras parecem um absurdo, mas não para os santos, que conheceram todo o poder salvífico e santificador do sofrimento.

“As nossas tribulações de momento são leves e nos preparam um peso de glória eterna” (2 Cor 4,17).

Quando São Francisco de Assis passava um dia sem nada sofrer por Deus, temia que o Senhor tivesse se esquecido dele. São João Crisóstomo, doutor da Igreja, diz que “é melhor sofrer do que fazer milagres, já que aquele que faz milagres se torna devedor de Deus, mas no sofrimento Deus se torna devedor do homem”.

As ofensas, as injúrias, os desprezos, os cinismos irritantes, as doenças, as dores, as lágrimas, as tentações, a humilhação do pecado próprio, etc., nos são necessários, pois nos dão a oportunidade de lutar contra as nossas misérias.

Isso tudo, repito mais uma vez, não quer dizer que Deus seja o autor do mal ou que Ele se alegre com o nosso sofrimento, não. O que o Senhor faz, de maneira até amável, é transformar o sofrimento, que é o salário do próprio pecado do homem, em matéria-prima de nossa própria salvação, dando assim, um sentido à nossa dor.



A partir daí, sob a luz da fé, podemos sofrer com esperança. É o enorme abismo que nos separa dos ateus, para quem a dor e a morte continuam a ser o mais terrível dos absurdos da vida humana.

A provação produz a perseverança, e por ela, passo a passo, chegaremos à perfeição, como nos ensina São Tiago.

“Nós nos gloriamos também nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a perseverança…” (Rm 5,3-5).
Sofrer com paciência é sabedoria, pois assim se vive com paz. Quem sofre sem paciência e sem fé, revolta-se, desespera-se, sofre em dobro, além de fazer os outros sofrerem também.

Santo Afonso disse que “neste vale de lágrimas não pode ter a paz interior senão quem recebe e abraça com amor os sofrimentos, tendo em vista agradar a Deus”. Segundo ele “essa é a condição a que estamos reduzidos em consequência da corrupção do pecado”.

Prof. Felipe Aquino

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Rico é aquele que, mesmo no pouco, sabe partilhar

Como São Paulo nos ensina, devemos saber nos bastar em todas as situações pelas quais passamos, não só quando estamos financeiramente bem.
Há pessoas que, mesmo com muito, querem ainda mais, e no momento da dificuldade, não sabem como “se virar”.
Mas, além de nos bastar, devemos ir ao encontro daqueles que necessitam de nós.
Ninguém é tão pobre que não possa ajudar alguém.
Como disse Márcio Mendes em uma de suas reflexões, rico é aquele que, mesmo no pouco, sabe partilhar o que tem com aqueles que nada tem.
Muitas vezes nós reclamamos da falta de dinheiro, mas nos esquecemos de olhar para aqueles que verdadeiramente passam fome.
Uma vez, conversando com minha mãe, ela me disse que, quando jovem, sua família era de classe social baixa, mas sua mãe, sempre que fazia feira, chamava os vizinhos mais desfavorecidos e partilhava o que havia comprado. E, graças a Deus, nunca lhes faltava o necessário.
Na partilha reflete-se a beleza do amor ao próximo, o mesmo amor que Jesus tem por nós e nos mandou exercitar.
De nada adianta o muito sem amor, sem doação.

Que o Senhor nos abençoe!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Carta aos Jovens - João Paulo II

Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.
Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de Santos modernos, Santos do século XXI com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.

Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças socias.
Precisamos de Santos que vivam no mundo se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.
Precisamos de Santos que bebam Coca-Cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem discman.
Precisamos de Santos que amem a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refri ou comer pizza no fim-de-semana com os amigos.
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.
Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo mas que não sejam mundanos".

João Paulo II
Sejamos santos!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Demonstre amor por Deus cuidando de seu próximo

Demonstre amor por Deus cuidando de seu próximo Dizia Jesus: ”Quem der, ainda que seja apenas um copo de água fresca, a um desses pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá sua recompensa” (Mt 10,42).
Num outro momento, diz o Senhor:”Eu estava doente e cuidaste de mim” (Mt 25,36).
”Deus é claro na sua vontade a nosso respeito; nós é que nos fazemos de surdos e cegos diante dos seus apelos”. São Camilo de Lélis tinha essas palavras gravadas no seu coração e com frequência as repetia aos seus irmãos, pois vivia inflamado pelo fogo da caridade, não só para com as coisas de Deus, mas especialmente com relação aos pobres e doentes. Mantinha-se diante deles com tanto respeito, como se estivesse realmente na presença do Senhor.

O Senhor concede-nos a graça dos santos - para como eles - despojarmo-nos do nossso egoísmo e comodismo e caminharmos ao encontro uns dos outros.
Hoje encontrarei pessoas às quais precisarei dar o melhor de mim, pois nelas também está Jesus.
Rezemos: Ó Deus, que inspirastes a São Camilo de Léllis extraordinária caridade para com os enfermos, dai-nos o vosso Espírito de amor, para que, servindo-vos em nossos irmãos e irmãs, possamos partir tranquilos ao vosso encontro na hora de nossa morte. Amém!
Jesus, eu confio em Vós!

Fonte: luziasantiago.com

domingo, 11 de dezembro de 2011

Natal não é feito só de presentes, salienta Bento XVI

O Papa Bento XVI visitou neste domingo, 11, a paróquia de Santa Maria das Graças, na cidade de Roma (Itália). Antes de entrar na igreja, o Papa saudou as crianças recordando que o Natal se aproxima e que é preciso não só comprar presentes, mas preparar o coração. “Pensemos que Cristo, o Senhor, está próximo de nós, entra em nossa vida e nos dá luz e alegria”, disse o Papa.
Em sua homilia sobre a profecia de Isaías, o Pontífice destacou que estas palavras, embora tenham sido pronunciadas anos atrás, dizem muito sobre a espera do Advento e a solenidade do Natal, reanimam a esperança e preparam todos para receber a salvação do Senhor, anunciando a chegada de um tempo de graça e liberdade.

“O Advento é precisamente um tempo de espera, de esperança e de preparação para a visita do Senhor”, disse o Santo Padre, recordando também a figura de São João Batista, o profeta que anunciava pelo deserto a vinda de Cristo.
Também hoje, no deserto das grandes cidades deste mundo, onde as pessoas sentem a ausência de Deus, é necessário vozes que O anunciem. Deus está sempre próximo, destacou o Pontífice, mesmo que pareça distante. Esta voz no deserto é a testemunha da luz que toca o coração em meio a um mundo escuro, todos são chamados a ser testemunha da Luz.
“Esta é missão do tempo do Advento: ser testemunha da Luz e podemos assim ser somente se levamos essa Luz conosco, não só se somos seguros que esta Luz existe, mas se vimos um pouco desta Luz”, enfatiza o Santo Padre.
O Papa salientou a importância da adoração Eucarística que ajuda no crescimento espiritual a nível pessoal e comunitário. Ele ressaltou que a Santa Missa deve ser a coisa mais importante do domingo, pois é o dia do Senhor e da comunidade, um dia para dar graças a Deus e celebrar Aquele que nasceu, morreu e ressuscitou para a salvação da humanidade.
“Não percam o sentido do Domingo e sejam fiéis ao encontro eucarístico. Os primeiros cristãos estavam prontos a dar a própria vida para isso!”, destacou.
Bento XVI reforçou ainda um outro ponto: o testemunho da caridade que deve caracterizar a vida em comunidade. A ajuda aos necessitados e as pessoas em dificuldade material e espiritual é o maior testemunho dos fiéis. “Façam de maneira que a nossa comunidade expresse concretamente o amor de Deus rico em misericórdia e convidem a todos a aproximarem-se Dele com confiança”.

Fonte: noticias.cancaonova.com

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Release Reunião de Sábado, 03 de Dezembro de 2011


Neste sábado nossa reunião teve o tema “Morrer para o mundo e viver para Cristo”, e foi organizada pelos círculos Vermelho e Amarelo.

Começamos com o nosso momento de oração que não pode faltar, já que precisamos sempre pedir a Deus que toque os nossos corações e que estejamos abertos para o novo que Cristo tem para cada um de nós.

A passagem da reunião foi Colossenses 3, 1-14:

1. Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está entronizado à direita de Deus;
2. cuidai das coisas do alto, não do que é da terra.   
3. Pois morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.        
4. Quando Cristo, vossa vida, se manifestar, então vós também sereis manifestados com ele, cheios de glória.       
5. Portanto, mortificai os vossos membros, isto é, o que em vós pertence à terra: imoralidade sexual, impureza, paixão, maus desejos, especialmente a ganância, que é uma idolatria.       
6. Estas coisas é que provocam a ira de Deus.         
7. Foi assim que vós também procedestes outrora, quando vivíeis nessas desordens.          
8. Agora, porém, rejeitai tudo isto: ira, furor, malvadeza, ultrajes, e não saia de vossa boca nenhuma palavra indecente;  
9. também não mintais uns aos outros, pois já vos despojastes do homem velho e da sua maneira de agir          
10. e vos revestistes do homem novo, o qual vai sendo sempre renovado à imagem do seu criador, a fim de alcançar um conhecimento cada vez mais perfeito.  
11. Aí não se faz mais distinção entre grego e judeu, circunciso e incircunciso, bárbaro, cita, escravo, livre, porque agora o que conta é Cristo, que é tudo e está em todos.         
12. Portanto, como eleitos de Deus, santos e amados, vesti-vos com sentimentos de compaixão, com bondade, humildade, mansidão, paciência;       
13. suportai-vos uns aos outros e, se um tiver motivo de queixa contra o outro, perdoai-vos mutuamente. Como o Senhor vos perdoou, fazei assim também vós.
14. Sobretudo, revesti-vos do amor, que une a todos na perfeição.

Depois tivemos um encontro regado de testemunhos que nos fizeram confirmar a presença de Deus no nosso meio e que precisamos sim morrer para o mundo para que possamos segui-lo.

Morrer para o mundo não é se isolar, é deixar de fazer coisas más, coisas que nos afastam do Senhor.

Na verdade viver para Deus é difícil, pois é viver pelo outro, é prestar atenção no irmão, é ser santo de calça jeans, nos lugares onde muita gente não consegue ser, é levar o Senhora para onde formos. Mas apesar de não ser tão fácil, também não é impossível...

A música escolhida para a reunião de ontem tem tudo a ver com o tema, e nos ensina muito como devemos viver a nossa santidade:

Colisão
Aline Brasil

Preciso ser o oposto do que o mundo é
Bater de frente com os meus desejos
Resistir o pecado até o fim
E uma hora ele fugirá de mim.
Preciso preservar os bons costumes
Evitar as más conversações
Me policiar quando os meus impulsos
Ultrapassam os limites da emoção.
Preciso guardar meu corpo
Lembrar que ele é o templo Santo do Pai
Preciso ter atitude
Largar o meu assento e andar com DEUS.

Na palavra vou fortalecer a fé
Colidir com o mundo e ficar de pé
Mais que conhecer, preciso viver
A verdade revelada.
Na palavra vou crucificar meu eu
Lembrar que numa cruz alguém por mim morreu
Hoje é minha vez, agora sou eu
De morrer pro mundo e viver pra DEUS.

Deus pega as pessoas desprevenidas, Ele não avisa quando vai nos escolher, nem quando vai nos chamar para viver a vontade dEle, por isso precisamos ir ao encontro do que o Senhor quer para nós, precisamos sair da nossa comodidade, porque Deus conta com cada um de nós, não podemos mais resistir ao chamado do Pai.

Deus conhece a nossa vida inteira, e ainda que achemos que estamos sozinhos, Ele também sabe de cada lágrima que escorre dos nossos olhos.

Paulo diz em Romanos (7-17: “No caso, já não sou eu que estou agindo, mas sim o pecado que habita em mim”), que queria fazer o bem, servir a Deus, mas o pecado que vive nele o afasta do que ele precisa fazer. Precisamos ter a consciência da luta que temos contra as coisas que não são do Pai, e mesmo que caiamos nessa luta, que lembremo-nos de que nesse instante, Deus nos carregará em seus braços.

É bonito ver a sala do EJC cheia, como estava ontem, pois é sinal de que todos estavam ali para confirmar o “sim” que Deus quer ouvir de nós, assim nos tornamos mais confiantes de que podemos estar perto dEle e nos afastando do mal.

Uma das coisas que nos afasta de Deus é nos prendermos ao passado, pois com isso começamos a questionar a Deus o “porque” das coisas acontecerem conosco, quando na verdade precisamos perguntar “para que”, aí sim, conseguimos aprender com os nossos erros. Já dizia Padre Léo, que quando entregamos a nossa miséria para Deus, Ele vem com o seu coração e nos acolhe, e essa junção leva ao derramamento do amor misericordioso do Pai sobre nós.

A melhor forma de entendermos o que o Senhor quer de nós, e para nós, é fazendo silêncio em nosso coração para escutarmos as respostas de Deus em nossa vida.

Precisamos assumir na nossa vida, que somos vencedores e que Deus é maior que os nossos problemas. Não precisamos mendigar o amor de ninguém, já que o amor que precisamos sempre tivemos.

Deus nos dá uma nova chance a cada dia que se inicia, por isso temos que nos perdoar dos pecados que nos maltratam, porque Ele também nos perdoa. O Senhor sabe do que somos capazes e não nos escolhe por acaso, Ele nos dá responsabilidades que sabe que podemos carregar.
Por: Tay Quintana

O que devo fazer para evangelizar os jovens?




O que devo fazer para evangelizar os jovens? Essa é uma das perguntas que mais ouço líderes jovens fazendo. De fato, não há repostas fáceis para perguntas difíceis. 

Nem mesmo há uma receita, como se fosse algo mágico para trabalhar com a juventude. Mas quero fazer uma reflexão que pode nos apontar algumas alternativas para a evangelização dos jovens.

Quero de início, dizer que todo ser humano é vocacionado à felicidade, e sabemos que só Deus é fonte de toda a felicidade. Então podemos dizer que todo ser humano anseia por Deus, mesmo sem saber, sem ter entendimento disso, ele anseia por Deus. Isso é fundamental!

O que o jovem quer é uma verdadeira experiência de encontro com Jesus Cristo. E nesse sentido, a pregação da Palavra de Deus na unção do Espírito Santo é fundamental. O jovem tem sede da Palavra de Deus. Tem desejo dela! E tenha certeza, eu não me engano com relação a isso. Na minha experiência de evangelizador jovem, em cada partilha que fiz com outros jovens, a grande maioria dos que realmente fizeram uma experiência pessoal com Jesus Cristo, testemunha que a Sagrada Escritura foi realmente uma espada em sua alma, a penetrar em seu coração, a tal ponto, de marcar e determinar a mudança radical em sua vida. (cf Hb 4,11-12).

A palavra de Deus é a rocha (cf.Mt 7, 24-27), só aí que o jovem, vai compreender e viver a fé da Igreja e os mistérios de Cristo. Sem pregação não há conversão, pois a fé entra pelos ouvidos! (cf. Rm 10,14-18). Aqui também entra a experiência dos discípulos de Emaús: Eles reconheceram o Cristo no partir do pão, mas isso só foi possível, porque durante o caminho a palavra lhes queimava o coração, e foi a palavra de Cristo em seus corações que fez com que as escamas de seus olhos caíssem e então reconhecessem o Ressuscitado, e assim com destemor e alegria, mesmo na escuridão do caminho, voltarem para anunciar a todos o Cristo Ressuscitado. (cf Lc 24,13-35).

Amados e amadas, a Palavra de Deus é fundamental! O jovem só é forte e vencedor do maligno se tiver pleno da Palavra de Deus (Cf. I Jo 2,14c).

Dessa forma, toda e qualquer atividade de evangelização da juventude, deve ter como centro a pregação da Palavra de DEUS. Infelizmente, nos nossos dias, encontramos líderes jovens com medo e até mesmo com vergonha da pregação da Palavra, e em nome de um tal “discernimento” de um tal “cuidado”, quase que se desculpam perante os outros por terem que pregar o evangelho, por serem católicos. Fazem eventos, shows, promovem uma série de atividades, porém, a Palavra de Deus é deixada de lado. Não quero dizer com isso, que os eventos, shows e outras atividades não sejam importantes, pelo contrário, são uma grande arma para a evangelização da juventude, desde que a Pregação da Palavra de Deus seja o cerne de tudo isso.

Por isso, creio que o grupo de oração é um lugar privilegiado de evangelização da juventude. Por isso, ainda acredito que devemos investir em nosso grupo de oração com todo amor e com todo zelo. Um grupo de oração, que vive a efusão do Espírito Santo, o uso dos carismas, que vive a comunidade e tudo isso centrado na pregação da Palavra de Deus, é sem dúvida, uma “rede” de grande pescaria.

Outro ponto fundamental da evangelização da juventude, é a acolhida. Na verdade, antes de pregar é necessário acolher a quem se evangeliza. Uma pessoa bem acolhida, se torna um coração aberto para a pregação. No projeto Jesus no Litoral, um dos temas mais discutidos na preparação dos jovens missionários é como abordar uma pessoa, isso significa como acolhê-la. Acolher não significa só receber bem alguém, mas também ir ao encontro de alguém com amor e com respeito, na alegria da boa-nova que levamos.

Acolher é o ministério por excelência do pastoreio. Pastorear é sempre acolher. O jovem carece de acolhida, até porque nas muitas experiências do dia de hoje,a rejeição é uma determinante na vida dele. Ora é rejeitado pelos pais, ora pelos amigos, parentes, namorado(a), pela sociedade e tantas outras situações. Acolher é aceitar o jovem da maneira como ele está, e respeitar o tempo de Deus na vida do mesmo, sem obrigá-lo, mas convidá-lo a fazer aquela verdadeira experiência de Jesus Cristo.

Desafio. O jovem gosta de desafios. E não é um desafio extraordinário viver o Evangelho e leva-lo missionariamente a outros jovens? Não é verdade que o jovem não faz nada, ou que não tenha interesse pelas coisas de Deus, isso é uma mentira.

Disso nos fala o Documento de Aparecida: “São chamados a ser “sentinelas da manhã”, comprometendo-se na renovação do mundo à luz do Plano de Deus. Não temem o sacrifício e nem a entrega da própria  vida , mas sim uma vida sem sentido. Por sua generosidade, são chamados a servir os seus irmãos, especialmente os mais necessitados, com todo o seu tempo de vida. Tem capacidade para se opor às falsas ilusões de felicidade e aos paraísos enganosos das drogas, do prazer, do álcool e de todas as formas de violência. Em sua procura pelo sentido da vida, são capazes e sensíveis para descobrir o chamado particular que o Senhor Jesus lhe faz. Como discípulos missionários, as novas gerações são chamadas a transmitir a seus irmãos jovens, sem distinção alguma, a corrente de vida que procede de Cristo e a compartilha-la em comunidade, construindo a Igreja e a sociedade. (Doc. De Aparecida parágrafo 443).”


O que acontece é que nós líderes jovens  muitas vezes não temos mostrado aos outros jovens o que eles devem fazer, ou pior, não temos sido uma referência na fé em Jesus Cristo, de modo que os outros jovens sintam-se impelidos a viver o Evangelho. O jovem busca modelos para se espelhar. O modelo que temos que apresentar é Jesus Cristo! E como fazemos isso? Vivendo em Cristo, sob o senhorio de Jesus Cristo, vivendo como Ele viveu, caminhando como Ele caminhou, como diz São João: “aquele que afirma permanecer Nele deve também viver como Ele viveu.” I Jo 2,6





Jovens da RCC, a nossa vida é uma missão em Cristo Jesus. Tudo que fazemos, família, estudo, trabalho, amizades, namoro, casamento, etc é nossa missão em Cristo Jesus. Nós estamos no campo missionário todos os dias e em todos os instantes. Muitos querem ter uma vida missonária longe da sua realidade não porque deseja a vida missionária em si mesma, mas simplesmente para fugir do verdadeiro campo missionário da sua realidade de vida.



Quando vivemos bem a missionariedade na realidade de nossas vidas, abre-se então um outro campo extraordinário de missão, e aí sim ele é autêntico: são as “campanhas” ou “projetos” de missão que a Igreja nos propõe. Dessa maneira podemos fazer experiências missionárias em tempo integral por um determinado momento de nossa vida,por exemplo: um mês; um ano;etc.



Como gostaria que cada jovem na Igreja pudesse fazer uma experiência missionária assim, confesso que anseio por isso.



Mas cada líder jovem, em comunhão com a RCC local e também com a Igreja local na pessoa do Bispo ou do padre, pode organizar uma atividade missionária. O projeto Juventude Católica em Missão, é um projeto de missão que pode se aplicar a qualquer realidade de juventude, seja ela urbana, rural, ribeirinha, etc.



A voz da Igreja, de acordo com o documento de Aparecida nos convoca para isso, sermos Discípulos Missionários de Jesus Cristo. Acredito mesmo que o jovem que vive o discipulado da acolhida e da Palavra, nos sacramentos e na liturgia, reavivado constantemente pela efusão do Espírito Santo, é um missionário em potencial. Eu fico imaginando o anseio de Jesus Nosso Senhor, para que demos a Ele uma resposta urgente de tudo isso.



Ricardinho
Coord. Nacional do Ministério Jovem - RCC BRASIL