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terça-feira, 12 de abril de 2011

“Como calar, se Tua Voz arde em meu peito?”

Sábado, enquanto Rogério pregava sobre o Dom da Fortaleza ou Coragem, e contava como ele era tímido no começo de sua caminhada, quando tinha que pregar em algum lugar, eu relembrei de fatos do meu passado.

Em 2003 eu era serva do grupo de oração Jesus Nossa Canção, do Santuário Bom Jesus, e toda semana nos reuníamos para decidir o tema do encontro e qual de nós faria a pregação. Um certo dia, decidiram que a pregação seria sobre São Pedro e São Paulo e que a pregadora seria eu. Como eu também havia sentido em meu coração que deveria pregar, não neguei, apesar da insegurança.

No dia do encontro, enquanto eu pregava, duas moças que lá estavam e que sempre freqüentavam o grupo começaram a olhar para mim e a rir, o que me deixou ainda mais insegura, mas concluí minha pregação.

Foi minha primeira experiência a frente de um grupo. A primeira de muitas, pois no EAC e no EJC eu também preguei e dei testemunhos.

Em outra ocasião fui novamente constrangida, após uma pregação, mas também isso não me fez desistir. Porque eu sei que, quando o Senhor manifestou em mim os dons da pregação e do testemunho, era para valer! E depois do meu SIM eu descobri que não mais poderia voltar atrás.

Quando abraçamos a fé cristã somos levados a compartilhar as nossas experiências espirituais e, com isso, auxiliar nossos irmãos a permanecerem firmes na fé.

Jesus, antes de sua ascensão aos Céus, encorajou seus discípulos a irem por todo o mundo e pregarem o Evangelho a toda criatura, sem temer se seriam bem acolhidos ou não (Mc 16,15).

E, mais adiante, São Paulo nos advertiu com sua própria experiência: “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!” (1Co 9,16).

Quando Deus nos agracia com um dom, temos a obrigação de manifestá-lo. Caso contrário, o dom adormece em nós, e nós vamos adormecendo com ele.

E não é diferente com os dons do testemunho e da pregação. Por isso, temos sempre que pedir ao Senhor que manifeste em nós a coragem para evangelizar.

Eu agradeço tanto a Deus por ter me dado o dom do testemunho, pois junto com ele o Senhor me concedeu e me concede muitas graças para testemunhar. Após uma dor vivida Deus me confere uma graça e eu me sinto na obrigação de testemunhá-la, não para a minha glória, mas para a glória Daquele que é a pura misericórdia e amor, e para encorajar meus irmãos a lutarem sem desanimar.

Portanto, meus queridos, não podemos ter medo ou vergonha de testemunhar e pregar; não podemos ter medo de superar os obstáculos impostos pelo inimigo. Jesus mesmo disse: “Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do Homem também dele se envergonhará, quando vier na sua glória e na de seu Pai e dos santos anjos” (Lc,9, 26).

Se durante uma reunião ou um retiro seu coração arder, não resista, vá a frente, pegue o microfone e proclame aquilo que Jesus manifestou em você. Não importa se vão rir ou criticar. Ele te escolheu e te capacitou para isso. Portanto, faça-o por obediência ao Pai. Eu seu que é difícil no começo, mas temos que dar o primeiro passo, pois alguém precisa ouvir aquilo que o Senhor tem para dizer através da nossa voz. Não se envergonhe de ser canal da palavra de Deus!

A pregação converte, o testemunho arrasta!

Que Deus nos abençoe!

Um comentário:

  1. Nossa Lu! Como é bom percebermos a ação de Deus em nossas vidas. Eu confirmo suas palavras pois, muitas vezes eu senti meu coração queimar, bater forte como se quisesse sair pela boca. No início da caminhada, pela timidez, medo das críticas, de não saber falar, não ia à frente testemunhar, mas percebi que quando estamos repletos do espírito santo, não há o que temer... Precisamos falar da ação de Deus, não podemos deixar a graça passar, uma palavra que dizemos pode mudar a vida de alguém porque realmente o testemunho arrasta, pois como disse Pe. Fábio de Melo, "muitas vezes o único evangelho que as pessoas conhecem somos nós!"

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