Sábado eu assistia à reprise do programa Direção Espiritual, apresentado por Pe. Fábio, e achei interessante o que ele falava sobre os pequenos detalhes em nossa vida.
Recordo-me dele ter dito que, uma goteira não consegue furar o chão, mas se a infiltração não for consertada e ficar gotejando durante muito tempo, ela causará um grande estrago na casa.
Então, ele comparou essa goteira às nossas ações do dia a dia. Por vezes temos certas atitudes ou ficamos magoados com pouca coisa e que, se a situação não for resolvida de imediato, vamos remoendo aquilo e a bola de neve vai ficando cada vez maior, chegando ao ponto de aquela pequena situação ou aquele pequeno desgaste se tornar uma situação irreversível ou um desgaste irreparável.
E a essas palavras do Pe. Fábio, atrevo-me a acrescentar algumas outras.
Às vezes dizemos palavras duras a alguém e depois nos arrependemos, mas nosso orgulho é tão grande que ficamos adiando um pedido de perdão. E isso nos vai fazendo mal, e faz mal àquela pessoa também. E o pior é quando ela também é orgulhosa e, estando ou não com a razão, não cria um meio de se aproximar de nós para “quebrar o gelo”. E aí, a distância se torna tão grande que forma-se um abismo entre ambos, e é quase impossível que a amizade se restabeleça.
Um exemplo claro disso são os desentendimentos familiares. Não acredito que alguém seja capaz de “ficar de mal” de sua mãe, de seu pai ou de seu irmão, principalmente se for por coisa pouca, como por exemplo: “Ah, mas eu estava assistindo isso e meu pai chegou e mudou o canal!”; ou “Ah, mas minha mãe nunca aceita que está errada; ela é sempre a dona da razão”; ou ainda “Meu irmão mais velho me fez passar vergonha na frente dos nossos amigos.”
É certo que essas situações nos chateiam e dá mesmo vontade de ficar sem conversar ou até mesmo de revidar, mas, como o próprio Pe. Fábio disse, em outra ocasião: “O ódio não se pune com ódio”.
Se ao invés de nos afastarmos da pessoa que nos magoou, demonstrarmos carinho e afeto por ela, como se nada tivesse acontecido, nós quebramos a resistência do seu coração, nós a desconcertamos. Porque, por vezes, a intenção de algumas pessoas é “ver o circo pegar fogo”, mas se nos comportarmos de maneira contrária a sua vontade, aí ela ficará sem graça, e não haverá mais contendas, pois como diz o ditado: “quando um não quer, dois não brigam”.
Portanto, como cristãos, devemos dar o braço a torcer, quebrando todo o orgulho. Mesmo que no momento da ofensa o coração se encha de ira, o melhor é ficar calado e refletir.
Vamos consertar esses nossos péssimos hábitos que, se repetitivos, causarão um rombo enorme na casa do nosso coração, no nosso espírito, e nos tornaremos pessoas rancorosas e desagradáveis.
Que o Senhor nos abençoe!
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