Neste sábado tivemos a participação de Fernando Langkammer (Coordenador Geral Projeto Sentinelas da Manhã – www.projetosentinela.blogspot.com), que deu uma palestra sobre a castidade.
Segundo ele, a misericórdia de Deus não é para quem merece, mas para os que precisam, e sejamos sensatos em assumir que todos nós necessitamos da misericórdia divina. Mas o mundo sofre o problema da relativização, principalmente os jovens, que se encotram em processo de formação.
Fernando deu início à sua fala lendo uma passagem de Colossenses (Cl 3:1-11), que nos diz como devemos levar a nossa vida, buscando sempre as coisas de Deus e deixando de lado aquilo que não provém Dele e que nos afasta do amor Dele:
1. Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está entronizado à direita de Deus;
2. cuidai das coisas do alto, não do que é da terra.
3. Pois morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.
4. Quando Cristo, vossa vida, se manifestar, então vós também sereis manifestados com ele, cheios de glória.
5. Portanto, mortificai os vossos membros, isto é, o que em vós pertence à terra: imoralidade sexual, impureza, paixão, maus desejos, especialmente a ganância, que é uma idolatria.
6. Estas coisas é que provocam a ira de Deus.
7. Foi assim que vós também procedestes outrora, quando vivíeis nessas desordens.
8. Agora, porém, rejeitai tudo isto: ira, furor, malvadeza, ultrajes, e não saia de vossa boca nenhuma palavra indecente;
9. também não mintais uns aos outros, pois já vos despojastes do homem velho e da sua maneira de agir
10. e vos revestistes do homem novo, o qual vai sendo sempre renovado à imagem do seu criador, a fim de alcançar um conhecimento cada vez mais perfeito.
11. Aí não se faz mais distinção entre grego e judeu, circunciso e incircunciso, bárbaro, cita, escravo, livre, porque agora o que conta é Cristo, que é tudo e está em todos.
O Beato João Paulo II disse uma vez que Deus abençoa a busca, portanto, ainda que caiamos, que tropecemos, o que importa pra Deus é que estamos tentando segui-lo e que queremos andar em seus caminhos, por isso Ele sempre nos levanta para que continuemos a luta contra o mal que insiste em nos atormentar.
Fernando ainda citou Madre Teresa de Calcutá quando ela disse: “Sei que meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele, o oceano seria menor”, e o fez que para que não desanimássemos quando o inimigo nos diz que o que fazemos por Deus e em nome Dele é pouco, já que o pouco de cada um leva a uma obra completa.
Fernando frisou que Deus é onisciente, onipotente e onipresente, e que Ele não sepulta promessas, tudo aquilo que Ele tem para nós será dado, por isso não podemos deixar-nos influenciar por aqueles que negam o seu amor, ou que dizem que estamos errados ao segui-lo e ao praticarmos a castidade. Ele ainda nos alertou para o fato de que “Católico ignorante, é futuro protestante”. Precisamos buscar mais a Deus, ler a bíblia para conhecermos cada vez melhor a vontade do Pai para nossa vida, se não buscamos a culpa já não é da Igreja, mas da influência que fazem na nossa cabeça para deixarmos a Igreja de lado, e o tempo que nos tiram fazendo-nos pensar que as coisas do mundo são mais importantes que o tempo que precisamos reservar para uma leitura diária da bíblia ou para um momento de conversa com Deus.
Necessitamos lutar contra esse tipo de influência, sabendo que o segredo para todas as nossas situações (tristes ou alegres), é o louvor. Ainda que tudo pareça um caos, o que temos a fazer é louvar ao Senhor pelo que acontece, pois os problemas sempre vêm (isso é fato), mas Deus não nos desaampara, e os problemas quando passam só nos deixam mais fortes.
Em resumo, a casatidade não é um troféu, ela não precisa ser exposta a todos, não precisamos sair contando que somos castos, porque nesse instante perdemos toda a nossa pureza, não precisamos espalhar uma boa ação, Deus sabe o que fizemos, e é só Ele que importa.
Fenando terminou a fala com o texto “O fascínio da castidade”para nos deixar alertas sobre nossas atitudes:
O fascínio da castidade
Por referir-se a algo sagrado, como a vida, a castidade tem algo de misterioso e fascinante. O rosto de um casto, longe de parecer deformado, mutilado, é um rosto irradiante. Seu brilho fascina, sua luz causa atração em muitos, ofusca e incomoda a outros.
Como uma casa onde não há sujeira não é uma casa incompleta,
Como o corpo onde não há doenças não é um corpo mutilado,
Como uma máquina onde não há movimentos descontrolados não é uma máquina defeituosa,
Assim o casto, em quem não há os desvios e excessos deste mundo, não é alguém frustrado. Não é pobre, mas rico. Não é triste, mas alegre. Não é vazio, mas cheio. Seus olhos indicam que ele vê e entende coisas que estão ocultas aos impuros. Ao contemplarmos os olhos de um casto, percebemos o que quis dizer Jesus ao afirmar:
"Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus" (Mt 5,8).
Os castos, que renunciam aos filmes imorais, que vigiam os olhos para não serem surpreendidos por uma imagem obscena em uma banca de jornais, conservam-se puros para verem Aquele que é.
E desde agora, embora ainda não O vejam, já O entendem de maneira imensamente mais profunda do que os outros.
Há uma co-naturalidade afetiva entre a castidade e o conhecimento de Deus, que levava Pascal a dizer: "Mostre-me um casto que negue a existência de Deus e eu acreditarei nele"(3).
Com isso, o filósofo francês dizia que o ateísmo é um privilégio dos impuros, assim como a visão de Deus será um privilégio dos puros.
Como final da reunião cantamos uma música da Aline Brasil que restrata bem o jovem que quer viver a castidade:
Colisão
Aline Brasil
Preciso ser o oposto do que o mundo é
Bater de frente com os meus desejos
Resistir o pecado até o fim
E uma hora ele fugirá de mim.
Preciso preservar os bons costumes
Evitar as más conversações
Me policiar quando os meus impulsos
Ultrapassam os limites da emoção.
Preciso guardar meu corpo
Lembrar que ele é o templo Santo do Pai
Preciso ter atitude
Largar o meu asento e andar com DEUS.
Na palavra vou fortalecer a fé
Colidir com o mundo e ficar de pé
Mais que conhecer, preciso viver
A verdade revelada.
Na palavra vou crucificar meu eu
Lembrar que numa cruz alguém por mim morreu
Hoje é minha vez, agora sou eu
De morrer pro mundo e viver pra DEUS.
Por: Tay Quintana
Nenhum comentário:
Postar um comentário