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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O Cristão e a Leitura de horóscopo

  Muitas pessoas consultam todos os dias, em jornais, o seu horóscopo, pois acreditam que isso ajudaria a conhecer antecipadamente seu dia. Isso é possível? O que é astrologia? Tem sentido um cristão ler horóscopo?

  Desde antiguidade, como nos lembra A. Hamman é incontestável a influência do zodíaco sobre a mentalidade das antigas gerações. Um epitáfio cristão de uma criança precisa que ela nasceu na quarta hora da noite, do dia de Saturno, sendo, portanto, do signo de capricórnio o que lhe pressagiava uma morte prematura. Havia calendários, também chamados “listas egípcias”, que eram ao mesmo tempo científicos e religiosos. O homem de negócios ou da terra consultava-os como se fossem um evangelho, ate mesmo para saber se podia se aproximar de sua mulher.
  Até os Séculos IV e III a.C havia uma equivalência entre as palavras astronomia e astrologia. Porém, após essa época, a astrologia ficou sendo entendida como uma ciência ou arte de estudar a influência exercida pelos astros na vida do homem e da sociedade, ou seja, foi assumindo um aspecto mais de adivinhação. A astronomia por sua vez, se prendeu no aspecto mais científico, fundamentando-se no raciocínio e na observação.
  Alguns pensadores cristãos admitiam certa influência dos astros sobre a vida humana, mas se aceitar divindades pagãs e nem o destino.
  A presença, às vezes, do zodíaco em alguns prédios católicos não indica a aprovação da Igreja à astrologia, mas sim a uma referência a uma concepção de mundo de acordo com a consciência de uma época e também por uma questão simbólica, indicando, por exemplo, os ciclos de um ano.
  Ora, na medida em que o cristão crê na providência do Senhor, ele não deve sentir a necessidade de adivinhar o seu futuro. É Deus que conduz minha vida ou os astros, que foram criados por Ele?
  Ademais se os astros influenciam a partir do nascimento da pessoa, seu caráter, sua vida, como podemos falar de livre arbítrio, como podemos premiar ou responsabilizar uma pessoa por algo que não foi ela que escolheu?
  Enfim, peçamos ao Senhor a graça de crermos nele, que é o Cordeiro de Deus, que foi o primeiro a nos escolher e não rejeita todo aquele que nele crê. Só Deus nos basta.
  Não nos deixemos levar por coisas irracionais e emotivas, carentes de fundamentos sólidos.

Prof. Dr. Joel Gracioso.
Para aprofundar:
BETTENCOURT, E. Crenças, religiões, igrejas e seitas:quem são? Santo André: Editora Mensageiro de Santo Antonio, 1995.
HAMMAN, A. Santo Agostinho e seu tempo. São Paulo: Paulinas, 1989.

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