Na história de Adão e Eva, quando Adão come o fruto da árvore proibida, e é descoberto por Deus, ele logo diz a seguinte frase: “A mulher que tu me deste por companheira, foi ela que me deu do fruto da árvore, e eu comi”. Eva, por sua vez, para se defender, afirma: “A serpente enganou-me e eu comi” (Gn 3, 12-13).
Em nossa vida, por vezes, para não sermos castigados pelos erros que cometemos, estamos acostumados a fazer o mesmo: colocar a culpa no outro.
Isso também acontece quando fazemos algo em grupo, e não obtemos êxito. Se o sucesso viesse, pensaríamos: “Ah, como eu fiz a diferença aqui!”; mas porque nada saiu como planejado, não exitamos em dizer: “ Ah, isso foi idéia de fulano. Eu não queria fazer assim!”.
Em algumas situações, pode até ser que o outro também tenha uma parcela de culpa. Porém, se não consentirmos, ninguém é capaz de nos fazer errar ou pecar (exceto quando não temos a consciência do erro, o que é muito raro para um cristão adulto).
Acontece que, independente do que dissermos, Deus sempre sabe a verdade, pois Ele conhece os nossos pensamentos e sentimentos. Não há como enganar a Deus!
Por isso, é preciso assumir a culpa pelos nossos erros, diante de Deus e dos homens. Se erramos, não há por que fazer o outro levar a culpa em nosso lugar. Perante Deus, o erro ficará ainda maior, pois além da nossa covardia, ainda praticamos a injustiça. Por fim, a consciência fica tão pesada, que já não conseguimos mais olhar para os outros sem sentir vergonha de nós mesmos.
Quem é corajoso para errar, também o deve ser para assumir as conseqüências de seu erro.
Sejamos corajosos, pois assumir o erro é o primeiro passo para a conversão.
Deus ama aquele que se humilha (se faz humilde). Lembremos-nos sempre de que o vaso que primeiro fica cheio é aquele que é menor!
Sejamos pequenos para nos encher mais rapidamente da graça de Deus!
Que o Senhor nos abençoe!
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