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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Maria, o melhor advento



Durante o Advento, sempre no dia 8 de dezembro, celebra-se a festa da Imaculada Conceição de Nossa Senhora.

Ninguém melhor do que Maria, a Mãe de Jesus, se preparou para acolher o Filho de Deus. Quando, na companhia de José, caminhou para Belém, ela já tinha consigo Jesus havia nove meses... Não agora, prestes a dá-Lo à luz, que ela começaria a se dispor para acolhê-Lo. Desde cedo, sua atenção à Palavra de Deus tinha preparado seu coração para se tornar a Mãe do Senhor. Desde cedo, também, Maria aprendeu a responder à Palavra de Deus por meio da oração. A oração, por sua vez, fez-lhe compreender que, sem a disponibilidade ao serviço dos irmãos, a vida tem pouco sentido.

Ora, são precisamente essas as condições para que Deus habite no coração de Maria bem antes do momento em que ela se torna a Mãe de Deus por concebê-lo em seu seio. São essas igualmente as condições para que qualquer ser humano se torne, de certa forma, como ensina o Concílio Vaticano II, “Mãe” do Senhor. Não é sem motivo que o próprio Jesus afirma a respeito de sua Mãe que ela é mais feliz por ouvir e praticar a Palavra de Deus do que por tê-Lo gerado na carne: “Quem faz a vontade do meu Pai que me enviou, este é meu irmão, irmã e mãe” (Mateus 12,49-50).

Santo Agostinho faz eco a essas palavras de Jesus, dizendo: “Maria fez totalmente a vontade do Pai e por isto mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. Assim, Maria era feliz porque, já antes de dar à luz o Messias, trazia-o na mente” (Sermão 25).

Meu amigo/a, não se admire diante dessas afirmações. Elas estão perfeitamente de acordo com os ensinamentos da Igreja. Pelo contrário, neste Advento, procure colher as lições que Maria lhe oferece. Ela é o modelo do Advento, melhor, ela é o próprio Advento, porque é nela que o Filho de Deus se tornou nosso irmão, e ninguém melhor do que ela o esperou, acolheu em seu coração e depois em seus braços.



A Igreja propõe Maria como modelo para os discípulos/as de Jesus. De fato, como foi dito acima com Santo Agostinho, que ela, antes de se tornar Mãe de Jesus, já era sua discípula porque vivia de acordo com a Palavra que seu Filho haveria de anunciar. Maria é também modelo da Igreja pelo fato de não haver ninguém mais unida a Jesus do que ela. Além disso, quem, mais do que Maria, participou da vida da Igreja nascente, Igreja que é o “corpo místico” de seu próprio Filho? E não é este o motivo pelo qual Jesus Ressuscitado a quis glorificar em corpo e alma afim de que estivesse unida a Ele para sempre?

Todas essas razões devem convencer-nos a olhar para Maria: ela é a Mulher da Palavra e do serviço, a Mulher da união com Jesus e com a Igreja. Se Jesus é o Caminho, Maria nos conduz a Ele; se Jesus é a Verdade, Maria é mestra do Evangelho; se Jesus é a Vida, Maria é a Mãe da Vida.

Tudo isso é muito bonito, mas deve ser traduzido em vida concreta por nós que nos alegramos de ser irmãos/ãs de Jesus e filhos/as de Maria. Palavra de Deus, união com Jesus e com a Igreja, serviço aos irmãos/ãs... tudo isso é coisa prática que, das páginas do Evangelho, deve passar às “páginas” da minha vida, diariamente.

O Advento é isso. Da mesma forma que o Filho de Deus habitou em Maria, que Ele venha habitar em nós porque nos esforçamos por praticar sua Palavra e imitar sua doação dos irmãos. É assim que o Filho de Deus “nasce” em nosso coração. Portanto, em primeiro lugar, a fé, resposta à Palavra de Deus, que opera por meio da caridade, do amor fraterno, da solidariedade, da união, da unidade... Isso tudo é Advento, isso tudo provoca a “vinda” (advento) do Filho de Deus ao nosso coração.

Advento: com Maria e como Maria, ao encontro de Jesus.


Fonte: http://domhilario.blogspot.com/2011/12/maria-o-melhor-advento.html?

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