* a partir de hoje o blog contará com a coluna dia apos dia assinada por Patricia Abreu, "dia após dia" porque a santidade é essa busca fracionada e decidida que se constrói por momentos, passo a passo rumo ao céu.
Não tenha medo
Não tenha medo de trocar experiências, chorar e contar suas dificuldades. A vida é uma jóia única, todos nós temos uma rica história. Talvez pelos sofrimentos que DEUS permite que nos aconteçam nós nos encontramos desanimados, desmotivados e até mesmo vivendo infelizes. Diante de tudo isso você não têm amado as pessoas a sua volta ou pior não têm se amado. Nós somos fracos, nos sentimos inferiores as pessoas, até mesmo pelo jeito que outro tem melhor de lidar com as dificuldades da vida. Toda discriminação que sentimos é desinteligente!
Que decisões temos adiado em nossa vida? Até quando vamos mascarar o que precisa ser mudado em nós? Uma pessoa frágil não pode ser autora da própria história, dessa forma não temos metas, objetivos, não intervimos nos nossos pensamentos e acabamos perpetuando nossas misérias psíquicas.Não temos o direito de andar irritado, ansioso, impulsivo, intolerante, não podemos nos cobrar demais, precisamos superar algumas características que estão se enraizando na nossa personalidade.
O amor é o fundamento que JESUS utiliza, temos que amar a vida, ela é um dom.
Precisamos nos silenciar para ouvir o que JESUS quer nos falar. Necessitamos ser sábios na hora de reagir, temos que usar o silêncio nas situações tensas da vida. Uma postura diferente diante das pessoas que nos decepcionam precisa ser tomada. Enfrente com dignidade suas dores, dificuldades, angústias, humor triste, pensamentos negativos. Não tenha medo de suas mazelas psíquicas, mas, sim receio de ser omisso, de não ser autor da sua história.
“Milhares de judeus eram lúcidos e sensíveis. Eles amavam profundamente a JESUS. Mas havia um grupo de líderes, os fariseus que o odiavam, tinham aversão pelo seu comportamento afetivo e tolerância. Como JESUS era socialmente admirado, eles precisavam ter um forte álibi para condená-lo sem causar uma revolta social.
Depois de maquinar, prepararam uma armadilha quase insolúvel. Certa vez, uma mulher foi pega em flagrante adultério. Os fariseus arrastaram-na para um lugar aberto, para o local onde o Mestre dos mestres ensinava uma grande multidão.
Interromperam abruptamente a sua aula. Colocaram a mulher toda esfolada no centro da sua classe ao ar livre. Sob os olhares espantados dos presentes, eles proclamaram de modo altissonante que ela fora pega em flagrante adultério e, segundo a lei, teria de morrer. Sutilmente, olharam para JESUS e fizeram-lhe uma pergunta fatal: “Qual seria o seu veredicto?”.
Nunca haviam pedido para JESUS decidir qualquer questão, mas fizeram essa pergunta para incitar a multidão contra ele e para que, assim, ele fosse apedrejado junto com ela. Sabiam que ele discursava sobre compaixão e o perdão como nenhum poeta jamais discursara. Se ele se colocasse ao lado dela, teriam como justificar sua morte. Se condenasse a mulher, iria contra si mesmo, contra a fonte de amor sobre a qual discursava. A multidão ficou paralisada.
O que você faria se estivesse sob a mira de um revólver? O que pensaria se estivesse em seus últimos segundos de vida? Ou, então, que atitude tomaria se fosse despedido subitamente?
Que reação teria se alguém que você ama muito lhe causasse a maior decepção da sua vida? Que comportamento teria se tudo o que você mais valoriza estivesse por um fio, corresse o risco de ser perdido subitamente?Freqüentemente, reagimos sem qualquer lucidez nos momentos de tensão. Dizemos coisas absurdas, incoerentes, ferimos pessoas e nos ferimos. O medo, a raiva, a ansiedade nos impelem a reagir sem pensar. Os instintos controlam nossa inteligência.O Mestre dos mestres estava sob o fio da navalha. O drama da morte o rondava e, o que era pior, poderia destruir todo o seu projeto de vida.
Os seus opositores estavam completamente dominados pela raiva. A qualquer momento, as pedras seriam atiradas, as cenas de terror se iniciariam. Foi nesse clima irracional que JESUS foi cobrado para dar uma resposta. Todos estavam impacientes, agitados, esperando suas palavras. Mas a resposta não veio... Ele usou a ferramenta do silêncio.
JESUS voltou-se para dentro de si dominou sua tensão, perseverou-se do medo, abriu as janelas da sua memória e resgatou a liderança, teve uma atitude inesperada naquele clima aterrorizante: começou a escrever na areia. Era de esperar tudo, menos esse comportamento. Seus opositores ficaram perplexos.
Somente alguém que sabe ter domínio próprio e fazer escolhas é capaz de encontrar um lugar de descanso no centro de uma guerra. Ele era livre para escrever idéias em situações em que só era possível entrar em pânico, gritar, fugir. Seus gestos fascinantes e serenos deixam abismada a psicologia.
Ninguém sabe o que Ele escrevia. Mas deviam ser frases de grande conteúdo. Talvez escrevesse algo que demonstrasse a intolerância humana, a facilidade que temos em julgar os outros e a incapacidade que temos de encontrar um tesouro por detrás da cortina dos erros. Talvez escrevesse que o perdão é um atributo dos fortes; a condenação, dos fracos.
Seus gestos desarmaram seus inimigos. O foco de tensão foi pouco a pouco dissipado. Eles começaram a sair da esfera instintiva, do desejo de matar, para a esfera da razão. Desse modo, como um artesão da inteligência deles para um golpe fatal. Um golpe que os libertaria do cárcere intelectual.
Golpeou-se com uma lucidez impressionante. Disse-lhes: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado (erros, falhas, injustiças) seja o primeiro que lhe atire pedra!”. Ele teve uma coragem inusitada ao dizer essa frase. Ela poderia ter sido apedrejada na sua frente repentinamente. Mas ele só fez isso após debelar o foco de tensão emocional deles.
Eles ficaram pasmados. Ele os autorizou a atirar pedra nela, mas mudou a base do julgamento. Teriam de pensar antes de reagir. Teriam de avaliar a história deles para depois julgá-la. JESUS fez uma engenharia intelectual que eles não perceberam, pois envolveu processos inconscientes.
Ao olhar para o espelho da sua alma para depois condenar a mulher, eles exerceram uma das mais importantes funções da inteligência: colocar-se no lugar dos outros. Assim, tornaram-se autores da sua história, pelo menos momentaneamente. Mergulharam para dentro de si, viram suas fragilidades, reconheceram sua injustiça.
Provavelmente, foi a primeira vez na história que linchadores, sob o controle do ódio, fizeram uma ponte entre o instinto e a razão, saíram da agressividade cega para o oásis da serenidade. Esse feito foi tão surpreendente que equivale a desarmar um terrorista no momento em que ele está para explodir seu corpo e levá-lo a encontrar uma fonte de sensibilidade dentro de si.
Os discípulos de JESUS estavam controlados pelo medo e pela ansiedade. Se a pergunta fosse dirigida a eles, talvez tivessem ordenado que exterminassem a mulher. Mas eles viram seu Mestre navegar nas águas da emoção e ser líder de si mesmo em situações-limite.” Augusto Cury
Precisamos mudar o jeito de como estamos agindo, precisamos aproximar da oração, necessitamos da Eucaristia para estarmos próximos do coração do nosso Mestre JESUS.
Tudo é possível para quem tem fé!!!